A história humana e a Antropologia estudando a
cultura passada mostram-nos a existência da família e as mudanças ocorridas ao
longo dos tempos. Para a maioria das pessoas, desde a antiguidade o conceito de
família é a família nuclear, pai, mãe e filhos. Mesmo que os filhos sejam
adotivos. Esta é a forma mais conhecida e valorizada em nossos dias, a família
nuclear segunda (Dando Prado em seu livro: O
que é família. pág.8, de 1980). Sobre os problemas familiares é de fácil
entendimento porque cada um tem os seus.
Em relação à posição das crianças nos lares e na
sociedade, bem como o papel econômico dos pais, ditam o surgimento de uma nova
estrutura social. Se a instituição familiar muda, toda a sociedade também. Vemos
o Estado intervindo no papel dos filhos, legisla sobre a educação obrigatória,
a partilha de bens etc. Vemos que o fator social (a sociedade e suas influencias) domina sobre o fator natural (família). Por isso a constante quebra
de paradigmas em nossa família cristã.
Sempre a separação de um casal, de acordo com PRADO,
traz conflitos entre os filhos, pois estes sentem falta da união familiar, nas
datas comemorativas e a comunhão peculiar de uma família na vida diária. Esta
falta de referência familiar causa tristeza nos afetados por ela. A família
desenvolve a sociabilidade afetiva como também o bem estar físico e emocional principalmente
na infância.
Na segunda guerra mundial, com a ausência do sustento
masculino, pois os homens foram convocados para a guerra, as mulheres foram
obrigadas a deixarem os lares e o cuidado da casa e dos filhos, para irem a
busca de sustendo através de seus trabalhos, semelhante ao pai de família agora
ausente. Surge a necessidade das creches neste período, o aumento de salários
para a classe trabalhadora feminina, pois as mulheres ganhavam menos que os homens.
A aceitação do emprego feminino no mercado de trabalho estava estabelecida.
Os laços familiares hoje estão enfraquecidos devido
a responsabilidade de socialização das famílias estarem em decadência. As
crianças, os adolescentes e os jovens, preferem reunir-se com grupos de sua
faixa etária para os momentos de afetividade e sociabilidade, do que estarem
reunidos com a família nuclear. Para
PRADO, os adolescentes e jovens de hoje, não veem na figura dos pais e avós ou
pessoas de mais idade, a transmissão ou referencial para a experiência de vida,
alguém de quem devam receber conselhos. Não são mais dignos de admiração,
conhecimento e respeito, mas sim como pessoas retrógradas.
Cada vez mais os membros familiares em especial os
jovens querem sua independência, reivindicam a autoridade dos pais com a ajuda
dos meios de comunicação o que não deixa de ser um autoritarismo. Nesta
sociedade moderna, os valores morais, a troca e inversão de valores têm
deteriorado padrões familiares causando a decadência da família. Os meios de
comunicação atacam princípios considerados por eles obsoletos e ultrapassados
como o namoro, noivado e casamento. Alguns pais já aceitaram a troca destes
valores, até o sexo hoje na sociedade hodierna, é tido com bem de consumo.
Nas palavras do poeta: “Ouço um grito! Alguém está afogando-se no mar da incerteza, há um
desespero na praia da vida. Oh! É a família que está morrendo, está afogando-se
com a imoralidade, vejam que situação! Quem poderá ajuda-la? A célula mãe
precisa de sua ajuda, não a deixe morrer, faça alguma coisa pela família”.
Levem sua família à igreja, não a deixe ser levada pelas enxurradas deste mundo,
alimente-a com a palavra de Deus. Venha neste trimestre estudar sobre a
família, assim você poderá dizer como Josué: “Eu e a minha casa serviremos ao Senhor. Js 24.15”.
Geziel Silva Costa