A primeira ressurreição. Começou com os santos que ressuscitaram depois da ressurreição de Cristo. Divide-se em três fases distinta sendo a primeira a ressurreição de Cristo e de muitos santos do AT identificados como as primícias dos mortos. Jesus e os santos ressurretos depois dele, simbolizam o primeiro molho de trigo colhido em Israel nos tempos do AT (Lv 23.10-12; 1Co 15.23). “Os sepulcros se abriram, e os corpos de muitos santos que tinham morrido foram ressuscitados. E, saindo dos sepulcros, depois da ressurreição de Jesus, entraram na cidade santa e apareceram a muitos” (Mt 27:52-53).
E Continua a outra fase ainda na primeira ressurreição por ocasião do arrebatamento da igreja estes mortos são os que morreram em Cristo, desde a época da fundação da Igreja por Cristo, até perto do arrebatamento da igreja. “Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor” (1 Tss 4:16-17).
A terceira fase da primeira ressurreição são os mortos durante o período da Grande Tribulação, estes são chamados de mártires da Grande Tribulação. São considerados os restolhos da colheita, ou em outras palavras as espigas da colheita (Ap 6.9-11; 7.9-17; 14.1-5; 20.4,5). Estes morrerão durante a grande tribulação sem aceitar adorar a besta, mas ressuscitarão para entrarem no milênio. “E vi tronos; e assentaram-se sobre eles, e foi-lhes dado o poder de julgar; e vi as almas daqueles que foram degolados pelo testemunho de Jesus, e pela palavra de Deus, e que não adoraram a besta, nem a sua imagem, e não receberam o sinal em suas testas nem em suas mãos; e viveram, e reinaram com Cristo durante mil anos. Mas os outros mortos não reviveram, até que os mil anos se acabaram. Esta é a primeira ressurreição” (Ap 20:4-5).
A segunda ressurreição. Tem um espaço enorme entre a primeira, apesar de Daniel colocar como se fossem simultâneas. “E muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para vida eterna, e outros para vergonha e desprezo eterno” (Dn 12:2). Mas a segunda ressurreição ocorrerá depois do milênio. “Mas os outros mortos não reviveram, até que os mil anos se acabaram”. Esta é a primeira ressurreição (Ap 20:5).
Estes outros mortos são os ímpios que ressuscitarão para vergonha e desprezo eterno, ressurgirão para o julgamento no trono branco. A própria Bíblia enfatiza que a primeira ressurreição é para o bem aventurado, os santos que reinarão com Cristo no milênio. “Bem-aventurado e santo aquele que tem parte na primeira ressurreição; sobre estes não tem poder a segunda morte; mas serão sacerdotes de Deus e de Cristo, e reinarão com ele mil anos” (Ap 20:6).
Apesar dos textos citados acima com clareza de distinção na ressurreição entre ímpios e justos, muitos teólogos têm um interpretação diferente. Muitos teólogos arminianos e reformados creem numa ressurreição simultânea. Vale ressaltar que tais teólogos não interpretam literalmente o texto, nem são pré-milenistas, havendo assim divergência de interpretações.
Mas existem outros textos da Bíblia, que denota a diferença de ressurreição entre ímpios e justos. Lucas 20: 35-36, Marcos 12:25, Apocalipse 20: 5-6, Atos 4: 1-2 e Filipenses 3:11. Nestes textos a palavra ressurreição vem seguida de dentre os mortos, mostrando a separação entre a ressurreição dos justos que e chamada de primeira ressurreição, e a dos ímpios chamada de segunda ressurreição.