Alerta Final

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quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

A FÉ

A fé é muito mais que um pensamento religioso, está intrínseca nas nossas relações, nas pessoas como também em nossa causa e maneira de ver o mundo como o discernimento do bem e do mau e a forma como nos relacionamos e vemos as pessoas. Quantos aos animais, estes estão mais programados no acasalamento, cuidado com os filhotes e também a alimentação. Todavia nenhum deles questiona da mesma maneira que os humanos sobre no que consiste a vida.
Vivemo-nos perguntando de onde viemos e para onde vamos. Falamos de céu e inferno, de passado presente e futuro. Enquanto que os animais não tem noção do tempo, do espaço e das circunstancia, nós temos e projetamos nossos propósitos em busca de sentido e não vivemos apenas de coisas básicas da vida.
Paul Tillich (Teológo alemão) afirma que a fé não está condicionada apenas a religião, mas nas preocupações últimas de nossa vida, seja o sucesso, a família, estudos, poder ou influência. A fé tem a ver com as apostas de nossa vida. Antes de pertencermos a qualquer denominação, já estamos engajados nas questões de fé e nos preocupamos com a dignidade. Segundo H. Richard Niebuhuhr a fé implica alinhar o coração ou vontade a um compromisso de lealdade e confiança. Fé é colocar o coração em alguém ou algo, é um compromisso moldando sua vida e carácter por este compromisso.
Smith admite que se a compreensão de fé são os credos e formalizações doutrinárias, é possíveis algumas pessoas viverem sem fé, mas se o entendimento de fé for a lealdade a um centro de valor e poder, então a questão da fé religiosa torna-se possível e aberta. Todas as paráfrases apresentadas por Smith mostra que a fé é um verbo pelo qual podemos modelar as experiências da vida crendo ou confiando em alguém ou algo. Também a fé é algo relacional, precisamos crer em, sempre tem o outro.
O autor também discorre sobre a fé como imaginação relacionando nossa imaginação a um ambiente útil, uma vida tranquila e estabilizada onde imaginamos o sucesso e o bem estar familiar. Na nossa vida sempre existe a tempestade e às vezes somos puxados fortemente contra nossos propósitos e objetivos. As intempéries da vida nos abalam, mas a fé está incumbida de por em ordem estas tempestades. Ela ordena as coisas desalinhadas em seu devido lugar para que prossigamos.
A fé é como um vento está presente nas interações com as pessoas, nos símbolos, instituições e eventos. A Fé como imaginação faz a ligação como uma composição entre os elementos. A imagem que formamos na mente de coisas, valores, sofrimentos, atitudes, pode ser expressa denotando o que estamos sentindo.
Porém a imagem que temos na mente, nunca é esgotada quando tentamos descrever ou narrar esta imagem. A fé também é tentada a ser transmitida através de crenças, símbolos e instituições e etc. Ela sempre será maior que tentamos descrevê-la.
Niebuhr, trás um esclarecimento sobre a fé de forma persuasiva quando confronta a fé como um cubo, que as suas partes iguais podem ser vistas de vários ângulos desde a base. Todavia a visão do cubo por dentro, incluindo seus lados, se quiser fazer uma descrição mais concisa, deve ser pontuada. Assim é a fé, além das descrições externas, ela está interna em nós, é ainda um mistério a ser descrito e estamos envolvidos de uma forma muito importante no fenômeno que tentamos entender.
O autor ainda exemplifica a fé diferenciada como uma criança de peito quando amamentada. Quando com fome, ela é levada ao peito para a amamentação, e enquanto suga o leite prazerosamente, a mãe acaricia sua criança demostrando carinho e afeto enquanto a olha e profere algumas palavras agradáveis. Essa criança cresce num ambiente favorável ao seu desenvolvimento. A fé diferenciada é desenvolvida através dos relacionamentos com as pessoas. Nosso afeto com elas nas amizades, negócios, instituições e todas as formas de afeições, contatos e comunicações humanas proporciona nosso desenvolvimento e crescimento da fé enquanto pessoa.

sexta-feira, 31 de outubro de 2014

O Impacto da Reforma na Educação (31 outubro Reforma protestante)

31 de Outubro, Reforma Protestante. Qual o impacto da Reforma para a Educação?

No ano de 1517 precisamente no dia 31 de outubro, Martinho Lutero fixou nas portas da Igreja de Wttenberg na Alemanha as 95 teses contrárias às vendas de indulgências.  Lutero já era contesto a venda de indulgência, mas uma indulgência privilegiada foi o estopim para Lutero confinar com a Igreja.

O início da Reforma Protestante marcou a história humana. As mutações provenientes da reforma deram-se na política, economia, religião, filosofia, literatura e principalmente na educação que sofreu grande impacto.

Na idade Média a igreja era a única responsável em aparelhar e sustentar a Educação Escolar. Lutero contrastou o ensino repressivo e defendia o lúdico na aprendizagem para que as crianças aprendessem com prazer e diversão.  Acastelava que as escolas devem deixar de ser similar ao inferno e o purgatório, onde o ensino é através de palmadas, pavor e medo.

A Reforma enceta com o movimento humanista, período marcado por um novo pensamento e com a ascensão da burguesia e a relação produção do capital e trabalho. O pensamento científico começa a arguir inclusive assuntos exclusivos da igreja, como o papel da igreja, e a verdade pregada por ela. Os principais humanistas que se sobressaíram no período foram Jonh Wicliff, Jonh Huss, Filipe Melanchthon e Erasmo de Roterdão com seu livro “Elogio à loucura”.

Todos os reformadores defendiam a salvação pela graça mediante a fé, a autoridade especial e final das escrituras e o sacerdócio de todos os crentes, contradizendo os ensinos da igreja católica. O ponto inicial defendido pelos reformadores era a defesa da leitura, compreensão e interpretação da Bíblia por todos, em detrimento da igreja que restringia somente ao clero esse direito. Para que todos tivessem acesso, deveria haver uma educação que proporcionasse a leitura, compreensão e interpretação.

“Um aspecto interessante defendido pelo criador do luteranismo é sua preocupação com a questão escolar, defendendo e exaltando a importância dessa instituição e de seus conteúdos pragmáticos”. (LIENHARD, 2005, p.68).

A discriminação com os filhos dos protestantes nas escolas deu origem aos colégios protestantes, erradicando o analfabetismo que era um empecilho na educação religiosa da Bíblia.  “Lutero defendia a educação para todos, meninos e meninas, pobres e ricos, e apregoava que o Estado deveria ser o responsável pela educação assim como era obrigatório o alistamento no exército”. ( MONROE, 1979, p.179).

Lutero promulgava que não há animal que não cuide dos seus filhos, e, portanto as famílias não poderiam deixar de educar os seus, ele criticava os pais pela negligência educacional dos filhos, criticava a igreja e o estado pela falta de projetos educacionais que envolvessem os jovens.

Os líderes da reforma não estavam preocupados somente com a formação espiritual dos crentes, mas buscavam também uma base cultural sólida. Erasmo de Roterdã, um dos maiores expoente do humanismo no século XV, criticou duramente o modelo de educação católica como a memorização e repetição que tornavam a educação extática impedindo a criticidade e a criatividade dos alunos.

Os protestantes reformadores são responsáveis pelo modelo da pedagogia de hoje.
“O modelo educacional alemão teve origem em Lutero que criou os três ciclos (Fundamental, Médio e Superior) projeto educacional que evoluiu no modelo alemão”. (FERRARI, 2005, p.30-32).

A primeira universidade protestante surge em 1º de julho de 1527 que também foi recomendação de Lutero com os cursos de Teologia, Direito, Medicina e Filosofia. A Bíblia torna-se o livro mais lido na Europa no século XVII na Inglaterra e as discussões saem do campo religioso para o social como igualdade, liberdade e revolução.

Na data comemorativa da Reforma Protestante, devemos louvar os reformadores pelo modelo educacional vigente, com a preocupação de formar o cidadão para a vida espiritual, como também para a vida social, contribuindo para um mundo mais digno, moral e participativo. Se olharmos com precisão os objetivos dos reformadores, a conduta moral, social intelectual e religiosa, devem contribuir para a preparação do ser tanto para a vida espiritual como material levando o ser a uma intimidade de comunhão tanto com o seu criador, como com o seu semelhante.

Geziel

sexta-feira, 25 de julho de 2014

Conflitos entre Israel e Hamas

PORTA VOZ ISRAELENSE X MINISTRO DAS RELAÇÕES EXTERIORES

O Brasil votou dia 23 de Julho de 2014 a favor de uma investigação sobre um suposto crime de guerra na Faixa de Gaza. O Ministério brasileiro condenou Israel falando sobre o uso desproporcional de forças pelos Israelenses. O Embaixador Brasileiro foi chamado para ser consultado em Brasília.

O porta voz dos ministérios de relações exteriores de Israel chamou o Brasil de “Anão democrático e criador de problemas” deu exemplo do futebol, e ainda ironizou os 7 x 1 que o Brasil sofreu na copa. Revelou que a única razão de não haver centenas de mortes em Israel é a criação de um sistema ante míssil. Os noticiários a principio do confronto revelaram que centenas de misseis tendo as cidades Israelenses como alvo eram atirados pelo Hamas. Mas nenhuma nota de repudio, condenação, reprovação ao Hamas pelas atitudes terroristas.

O ministro das relações exteriores do Brasil disse que Israel tem direito de defender seu território e seu povo. Mas não deve atacar o Hamas por ser um confronto desproporcional. Deixar o Hamas usar crianças como escudo é proporcionalidade? O ataque terrorista do Hamas em detrimento da defesa apenas a defesa de Israel é proporcionalidade?

OS REAIS MOTIVOS

No dia 15 de Julho a Deputada Jandira Feghali do PCdoB – RJ fez uso dos microfones da Câmara pronunciando-se em nome da liderança do partido contra Israel. Sem escrúpulo e mostrando indignação chamando de politica sionista de Israel sua atitude de defesa. Disse que as guerras no Oriente promovidas por Israel é contra as crianças, mulheres e a população civil sem defesa, sem direitos, que estão presas entre muros, sem saúde, tendo seus limites acordados desrespeitados.

Na Síria inúmeras pessoas são perseguidas e debochadas e muitas crucificadas em praças públicas, apenas porque se tornaram cristãs. Os diferentes grupos étnicos também na Síria sofrem com chacinas e lamentavelmente são centenas de pessoas a cada semana que é morta. Estima-se que mais de cento e oitenta mil pessoas foram mortas por estes motivos.

Não vemos alardes por parte da mídia em nenhuma nota mesmo as de rodapé. Os jornais não promovem as mesas redondas para o debate. Os políticos em nenhum momento sobem nas tribunas das casas de leis para deferirem sua fala. Os professores não formam opinião sobre nas faculdades e universidades. A população não protesta nas ruas pedindo paz e moderação ao Presidente da Síria.

E o que dizer dos acontecimentos no Irã, os enforcamentos, mortes, a pronuncia do presidente contra os extermínios de Israel? No mundo Islâmico as mulheres que comentem adultério são mortas apedrejadas, além de terem seus direitos cerceados, sem poderem votar, tirar sua CNH e etc. Onde está o movimento feminista do Brasil que não erguem a voz em protesto?

 O que dizer das crianças que são treinadas para matar, incentivadas e ensinadas à guerra, ou até mesmo as crianças que são usadas como escudos pelo Hamas, onde estão os nossos educadores defendendo os direitos das crianças e do adolescente? Os grupos humanistas e de direitos humanos emitiram pelo menos uma nota?

E o que dizer dos escudos humanos usados pelo Hamas, quando usam mesquitas, colégios da ONU, residências e prédios para esconderem seus armamentos de guerras? Porque se Israel tentar destruir a base de armas do Hamas, matam os civis, e o Hamas sabe que atrairá o ódio do mundo contra Israel.


O próprio Hamas filma o lançamento de morteiros rodeados de crianças, sabendo que estão sendo vistos por satélites de Israel, mas as crianças são para intimidar Israel a não destruir suas armas. Eles fazem isto sem nenhum ato de humanidade, e onde estão os protestos, os debates, as notas de repúdios, as manifestações contra o Hamas? 

Geziel Silva Costa

segunda-feira, 19 de maio de 2014

Análise do texto "Juventude e adolescência no Brasil: Referências conceituais"
de Helena Wendel Abramo e Oscar Dávila León


As propostas de políticas públicas para adolescentes e jovens de baixa escolaridade e baixa renda vêm sendo debatidas em conferências. Tanto os jovens como os adolescentes devem ser reconhecido como sujeitos de diretos. O tema sobre a juventude está na pauta das políticas públicas, sendo debatido em todo território nacional. A cada época, o conceito de adolescência e juventude sofre uma denotação e delimitação diferente, porque é proveniente de uma construção histórica e cultural. A psicologia Geral tem usado o termo adolescência e juventude como sinônima. Diferente das ciências humanas e ciências sociais que tem feito divisão entre elas.

Todavia o estudo abrangente sobre a adolescência teve seus maiores esclarecimentos e interesse na psicologia evolutiva no século XIX e, sobretudo no século XX com o americano Stanley Hall.  Segundo o texto, na compreensão do desenvolvimento físico a concepção de adolescência começa na puberdade e vai desde a capacidade de reprodução passando pela maturidade, concepção e todas as estruturas completas.  No desenvolvimento cognitivo ou intelectual as mudanças no adolescente acontecem no pensamento, sua compreensão da cosmovisão, o entendimento na participação social, interagindo socialmente concordando ou não com os conceitos sociais.

Delval conceitua a adolescência em três teorias, que segundo ele são: A teoria psicanalítica que ocorre com a puberdade, e influencia no desenvolvimento da sexualidade, às vezes influencia também nos relacionamentos familiares e inclui também a aceitação ou não do convívio social, das regras sociais, às vezes criando suas próprias regras na sociedade. A teoria social, que advém de pressões sociais, a definição dos papéis sociais na vida do adolescente. E a teoria de Piaget, que enfatiza as mudanças no pensamento, no processo cognitivo.

Falando na juventude o texto demostra que é mais referente a noção de faixa etária, onde o indivíduo se desenvolveu e as transformações psicológicas e sociais. Assim ele deixa a infância para entrar no mundo adulto e passa a ter visibilidade social. Dependendo da classe e do meio, o significado de juventude é processado diferente. A juventude é uma etapa da vida que tem as suas próprias oportunidades e limitações, e não somente uma fase de preparação para a vida adulta.

Alguns abordam a juventude como um período preparatório, entre a infância e a idade adulta. Nesta fase os indivíduos se preparam no esporte, estudos, lazer e preparo militar e a educação como ocasião preparatória no ingresso da vida adulta.  A juventude ainda pode ser vista como uma etapa problemática, sem limites e dependendo de cuidados das instituições existentes. Pensando nisso no Brasil os programas de prevenção têm por objetivo conscientizar a juventude diante dos perigos das drogas, gravidez indesejada e doenças sexualmente transmissíveis, como também os riscos de envolvimento dos jovens em crimes, narcotráficos e criminalidade.

Outra visão da juventude é o jovem como ator estratégico do desenvolvimento. Eles são adaptáveis às mudanças,  às tecnologias e as causas sociais. Esta visão aposta na juventude e na sua capacidade de transformações produtivas e competência no mundo do trabalho via educação. Aposta nos jovens, na sua educação e no seu engajamento social para desenvolvimento de projetos sociais e voluntários.  Outra visão de juventude que ainda é citado no texto de Oscar Dávila Leon é a juventude cidadã como sujeito de direitos e não juventude problema como parte responsável das mazelas sociais. 

Mas nesta visão os jovens são sujeitos de direitos, e a partir dos anos 90, esta perspectiva vem crescendo no Brasil como o ECA, que apesar de ser pouco conhecido da população a cada dia torna-se eficiente. No Brasil nos anos 70, os debates políticos estavam voltados diretamente para a juventude como solução e capacitação aos problemas sociais, desde que os jovens ingressassem no ensino médio ou superior. Os jovens eram visto como fonte de modernização e pronto a ingressar no desenvolvimento do país. Nos anos 70 os jovens estão inseridos no movimento contra a ditadura, usando sua força e habilidade contra o regime militar. No processo de redemocratização perdem sua força e influência, e volta aos temas sobre os meninos de rua que deu origem ao Estatuto da Criança e do Adolescente como uma das leis mais modernas do mundo.

A partir da década de 90 os debates giravam em torno da juventude e o desemprego na faixa etária de 16 a 24 anos, como também as drogas, e as altíssimas taxa de homicídios entre os jovens de 18 a 25 anos. Os partidos políticos sempre usaram a força jovem contra o regime militar, expondo temas de transformação social. Os grupos culturais como Hip hop, reggae, rock, punk, capoeira, skate e outros com seu diálogo de inclusão reivindicando respeito, reconhecimento e sempre buscando o apoio e projetos com a participação pública dos jovens se destacaram e até cresceram com apoios de seus representantes na política.

A UNICEF em seus documentos consolida a noção da adolescência da qual o marco legal é o ECA. Entre os muitos assuntos tratados destaca em especial os adolescentes que vivem em situações de risco, como a exploração do trabalho, exploração sexual, gravidez precoce, uso demasiado de entorpecente e os que moram nas ruas. O documento garante o direito dos adolescentes e formula políticas públicas em favor destes, visando o bem maior e uma ação social adequada.

Geziel Silva Costa

segunda-feira, 12 de maio de 2014

O conceito de adolescente nos séculos Anteriores

Reflexões dos Textos "A Origem e o conceito menor" ( Fernando Torres Londono)
O"O papel branco, a infância e os Jesuítas na colônia" ( Mary Del Priore)

Durante muito tempo o conceito infância não existiu, embora em todos os tempos sempre houvesse crianças em todas as sociedades. Antes do século XVII era grande a desvalorização desta faixa etária e em certos tempos a sociedade via as crianças como um adulto em miniatura. Por isto eram levadas a ambientes que os adultos frequentavam sem a menor preocupação se o local era adequado ou não para determinada idade.

A Religião Católica inculcava uma representação dupla da infantilidade o que de certa maneira trouxe alguma modificação para o pensamento sobre as crianças: A da criança mística e a da criança que imita a Jesus. Segundo Ariès, até o final da idade média as crianças eram vistas como bichinhos de estimação ou simplesmente um ser engraçadinho.

Com a chegada dos portugueses ao Brasil o destino das almas das crianças indígenas estaria por conta dos padres jesuítas. Era preferível evangelizar os “indiozinhos”, do que a seus pais, que já estariam contaminados pelo pecado. Aqueles ainda estavam “puros” e inocentes. A educação jesuítica era caracterizada por disciplinas, castigos e ameaças para que os vícios e pecados fossem amortecidos. A inspiração destes ensinos tinha como fontes a disciplina eclesiástica e sua teoria rezava que as crianças deveriam ser vigiadas constantemente.

Os indígenas se encantavam com os aparatos portugueses e Nóbrega dizia que isto poderia ser aproveitado para a evangelização dos nativos. Um intenso trabalho de evangelização iniciou-se gerando um grande processo de aculturação. Nesta época a prioridade de ensino era voltada para as crianças índias com o intuito de dissipar a identidade indígena.

Somente a partir do século XIX e início do século XX a palavra menor foi adicionada ao vocabulário Jurídico brasileiro. Dos anos 20 para cá o seu significado tem se relacionado
às questões de abandono, porém antes do início do século passado o sinônimo era de criança, como também adolescente ou jovem. As responsabilidades penais a esta faixa etária eram variadas e muitas vezes até discrepantes entre si. Tobias Barreto, porém, insere a instrução como o fator que definirá a responsabilidade penal. Conforme o seu entendimento a menoridade penal foi estendida até aos 18 anos.

No Brasil o interesse pela menoridade ocorreu na intenção de imitar os países da Europa e América do Norte que já tinham definido o conceito de infância. Isto seria uma maneira de estar presente nos avanços e progressos que ocorriam no ocidente. Enquanto isso no Brasil o “menor” não era a criança “de família” sobre a custódia dos pais ou os amparados por tutores por serem órfãos, mas, aqueles que se encontrava em abandono total.

O menor por muito foi visto como criança abandonada e totalmente entregue aos crimes de toda a sorte que a sociedade jamais previu. Muitos eram abandonados pelos pais e largados na rua tornavam-se caso de policia. Chega porem o momento em que o estado entende que o seu papel era dar apoio a estes necessitados. E ficou entendido que através da educação isto seria possível. Deixando então de ser um caso de policia e se tornando uma questão de assistência e proteção à instrução do menor o prepararia para a reintegração da sociedade.


Mas a preocupação não era exclusivamente com o ser, com a criança ou com o menor que o estado assegurou a modernização, mas, com a preservação da ordem social aparentemente ameaçada. 

Por Geziel S Costa

sábado, 10 de maio de 2014

História social da criança e da família

 Minhas Reflexões do livro:
ARIES, Philippe. História social da criança e da família, p. 225-271

Durante os séculos XVI e XVII a família se transformou devido a mudanças na relação com a criança, principalmente nos ingleses faltava afetividade com suas crianças. Nesse período as crianças de sete ou nove anos aprendiam na casa dos outros. A aprendizagem era através dos serviços gerais. A troca de crianças entre as famílias inglesas era comum, enquanto a família italiana achava este costume desumano.  De um modo geral o ensino era confiado a seu mestre que aprendiam o dever de servir bem. O serviço doméstico para as crianças como aprendizagem era tão estimado pelas famílias que havia diversos poemas exaltando o bom servidor. Lavar as louças, limpar a casa e arrumar a cama eram como se fosse um estágio para os próximos serviços.

Os professores deveriam manter o celibato, uma vez que em sua casa receberiam crianças para instrui-las conforme um processo de 1677. Os meninos viviam separados das meninas. Os recém-nascidos eram enviados para a casa de suas amas. Desde os séculos XVII, mesmo antes de Rousseau, os educadores moralistas ensinavam suas mães a cuidarem de seus filhos. Porque quando as amas não tinham leite os bebes recebiam leite de vaca sem higienização. Posteriormente as amas de leite passaram a conviver na casa da família, evitando assim o envio de crianças e o distanciamento das famílias.

Através da aprendizagem doméstica o mestre transmitia não a seu filho, mas ao filho dos outros o valor da vida e todo seu conhecimento e experiência. A palavra garçom na língua francesa indicava um rapaz novo ou jovem seguidor doméstico.  Posteriormente essa palavra foi usada para os empregados de restaurantes. Os serviços de mesas passaram com o tempo ser exclusividade dos filhos, e não de empregados pagos, porque além de ser honroso não bastava comporta-se bem à mesa, mas era necessário também servir bem. Enquanto as crianças aprendiam serviços domésticos, não havia lugar nem tempo para a escola. Esta era designada aos clérigos e latinófones.

Próximo ao século XV, a aprendizagem se torna mais pedagógica. O ensino da caça, o uso de armas e outras aprendizagens tornam-se metódica. Não havia divisão das faixas etárias como estamos acostumados. As crianças eram consideradas adultas em miniaturas e aprendiam a arte da guerra. A convivência das crianças com os adultos e velhos geravam experiência e aprendizagem e maturidade nelas. O envio dos filhos às demais casas para a aprendizagem doméstica, e receber outros filhos nas suas casas, a família não desenvolvia muito a afetividade com seus filhos. A realidade das famílias com as crianças eram mais moral e social que sentimental, as famílias mais ricas primavam pelo nome e a honra familiar. A partir do século XV, a realidade escolar para as crianças passou a ser mais manifesta. A escola não era apenas dos clérigos, mas ela marca a passagem da infância para à juventude e os educadores tinham o rigor do ensino da moral isolando a juventude do mundo imoral dos adultos.

As famílias começam a desenvolver a afetividade com as crianças neste período, e já não enviavam mais seus filhos a outras famílias, mas começam a cuidar e ensinar seus próprios filhos. As escolas eram distantes e o período que as crianças passavam no colégio era menor que a aprendizagem cotidiana. Os mestres eram os responsáveis por acompanhar sempre a criança que às vezes dormiam na casa do seu preceptor. Nos meados do século XVII a afetividade torna-se mais presente entre as famílias e seus filhos que passam mais tempo em casa. As meninas ainda demoram em ir à escola e permanecem em casa na aprendizagem cotidiana. Pelos séculos XVIII e XIX elas começam a frequentar as escolas. Não devemos esquecer que a escolarização antes era prioridade das camadas média da hierarquia. A alta nobreza é que antes eram escolarizadas.

Por volta do século XII até o século XVII o filho primogênito era preparado para herdar sozinha a herança do pai, para manter o nome da família e o valor social que implicava nos bens. Os demais filhos eram preparados com a impossibilidade de disputar com o irmão mais velho porque o pai temia que a partilha da herança entre os demais filhos, enfraquecia o patrimônio da família, perdendo o prestigio social e o nome da família. Entre o século XVII os moralistas educadores começam a contradizer esse conceito. O abade Goussaut afirma que há na verdade uma injustiça com os filhos menores dessas famílias neste tempo e questiona: O que fizeram os filhos para merecerem injustiça? E muitas vezes as famílias encerravam seus filhos nos mosteiros às vezes sem a vocação e contra a vontade dos mesmos. Mesmo com as opiniões contrárias como a de Villele no inicio do século XIX a família sentimental se destaca. A família casa tinha um conceito de empresa independente e se torna menos interessante neste momento. 

Era ensinada nessa ocasião que o êxito material e bom emprego eram uma boa reputação, o bom nome da família, a amizade e a harmonia que eram sinônimos de sucesso, diferentes dos conceitos de hoje. Também as discussões da alfabetização em casa em contraposição a educação publica e particular eram temas da época. Havia críticas sobre a escola, alguns defendiam a aprendizagem doméstica, que consistia em apender bons modos e comportamentos, em vez da escola que ensinava a leitura e as crianças estavam sujeitas as impurezas e de tornarem-se maliciosas. Os críticos diziam que as crianças aprendessem com a vida que com os livros, pois o grande livro da vida é o mundo. Por ser a escola um fenômeno recente, durante o século XVII existiram muitas críticas a ela.

Havia os que defendiam a escola como De Grenaille admitiam que a escola ensinasse a socialização, o falar em público e o convívio social. Os tratados de civilidade como os bons modos à mesa, alguns conceitos de etiquetas e o comportamento diante de seu senhor, as regras de moral, o pensar ativo e as ações eram tratados ensinados com dedicação. Os tratados de regras de amor enfatizava o tratamento com a mulher, a bondade e respeito, também ensinava a preservação da amizade. Todos estes tratados iniciavam o jovem ou a dama para a vida em sociedade. Os bons pedagogos ensinavam não somente a leitura, mas as boas maneiras, os bons gestos, caminhar corretamente etc.

Outro tratado de 1671 era mais orientações aos pais quanto ao comportamento das crianças, se desobedecessem aos mais velhos, cometessem maus tratos com os criados, os pais deveriam corrigir com repreensão e lições de moral. Quando o comportamento era ótimo, e as crianças obedecessem, os pais deveriam elogiar. No caso de roubo de uma mentira ou algo mais grave, era recomendada a surra com vara, a punição para o arrependimento e bom comportamento. Nas cidades o relacionamento das pessoas eram nas praças, nas ruas elas se encontravam para um bate papo ou qualquer outra conversa corriqueira.

Alberti faz uma análise das casas dos quartos e das camas nos séculos XVII. As camas eram desmontáveis, os moveis não eram caros. O quarto era local de descanso, mas às vezes não era só o casal que usava o quarto, mas também os velhos descansavam, as mães davam a luz, os velhos morriam e também era lugar de meditação. Existia a casa grande e as pequenas. O conceito de casa grande, é a quantidade de pessoas, se houvessem muitos membros e criados, a casa era considerada grande.


Da família Medieval à família moderna, os pais não mais mandavam os filhos para famílias estranhas, mas a afetividade agora estava presente entre os membros, às famílias ajudavam os filhos nas atividades escolares, o cuidado com a saúde era mais autentico neste período. Os séculos XVI e XVII mudaram a situação das crianças junto as suas famílias.

Geziel Silva Costa

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

RUBEM ALVES E A INTERDISCIPLINARIDADE: POR UMA EDUCAÇÂO ROMÂNTICA

Meu Comentário sobre o Artigo de Iuri Andréas Reblin
Escola Superior de Teologia

O grande educador Rubem Alves faz distinção entre o educador e o professor. Para ele, educador está em extinção, restando muitos professores que estão em sala de aula com seus produtos e suas fórmulas e lógicas a serem implantadas nos alunos como se eles fossem máquinas recarregáveis. O educador não é função, mas vocação, e quem tem vocação leciona com amor, produzindo esperança. Lecionar com amor é atitude de educador, que não se preocupa só com suas remunerações, mas ensina com paixão para transformar. 
 
A escola não deve limitar-se em transmitir apenas o saber negando as aspirações das crianças. Mas sim adaptar ao saber o prazer, isto é: Estimular a criança a aprender enquanto brinca. Aprender por prazer é uma atitude que produz resultados plausíveis. Segundo Alves, o vestibular tirou o prazer de aprender, e as pessoas agora aprendem por necessidade, e não mais por prazer, desenvolvendo resultados negativos em sua aprendizagem. Buscam conhecimento por necessidade, sem estímulo, sem sentimentos prazerosos que geram mudanças.
 
Segundo Alves, a utilização da aprendizagem no dia a dia seria mais eficiente. Os conteúdos escolares deveriam ser modificados fazendo parte da realidade de cada aluno, por exemplo: Ir ao mercado praticar matemática, seria algo prazeroso e próximo da realidade do aluno, assim ele aprenderia não somente as técnicas e as fórmulas, que para ele são sem sentido e sem significado. Seria necessário o ensino da arte, da música, teatro etc. assim o prazer de aprender estaria estampado em cada rosto. 

Outro exemplo que Alves mostra sobre as diferenças de escola que ensinam e que fingem ensinar são: Escolas gaiolas e Escolas Asas. As escolas gaiolas existem para que os pássaros desaprendam a arte de voar. Assim ficam presos às gaiolas, sujeitos limitados e sobre controle sem condições de mostrar seu potencial de voo. As Escolas Asas não ensinam a voar, porque o voo é nato nestes pássaros. Todavia elas encorajam ao voo, fazendo com que os pássaros voem mais alto, e se apreciam com a capacidade de voo de cada pássaro e se orgulham disso. 

 
O programa educacional do corpo e a totalidade do indivíduo, o indivíduo em seu todo precisa de instrução. Assim Alves resume a aprendizagem como ferramentas e aprendizagem como brinquedos. A caixa de ferramentas são os conhecimentos que obtemos para resolvermos os problemas vitais da vida que surgem no nosso dia a dia. Assim podemos voar pelos caminhos do mundo através das ferramentas que são os conhecimentos. E com o conhecimento que obtemos, não ficamos presos ou ignorantes frente a situações problemáticas, mas lidamos com maestria com as adversidades. Brinquedos são as coisas que dão prazer à alma. Com os brinquedos podemos voar pelos caminhos da emoção, satisfação e realização que são faculdades da alma.
As escolas enquanto asas impulsionam o ser humano tanto adulto como crianças a alçarem voo, ir além, caminhar só, desenvolverem seus pensamentos próprios, sonhar e realizar seus próprios sonhos, ao invés de serem parte do sistema alienante, ou uma engrenagem simples no sistema burocrático-mercantilista. Escolas que promovem o voo, também desperta a visão para ver o mundo, a natureza e a realidade do sistema e da vida em sua volta.
Geziel Silva Costa
 

Leitura Escolar e Histórias em Quadrinhos

O Artigo da Dra. Valéria Bari da Universidade Federal de Sergipe. Fiz um comentário do artigo, que trata da Leitura Escolar e Histórias em Quadrinhos, fruição intelectual, criatividade e formação de gestos de leitura. Compartilho com os amantes da leitura.

O ponto de partida para o Letramento é a leitura familiar, ou seja: A criança deve do berço receber orientações e instruções sobre a importância da leitura. A escola por sua vez dará continuidade a este processo, orientando o aluno sobre seu percurso. Todavia, no Brasil os livros ainda são muito caros, e as bibliotecas por cada habitantes, ainda são escassas. Tornar o hábito da leitura em algo costumeiro ainda é um desafio, todavia o texto reflete sobre a importância desde fator e mostra os indicativos para tornar a leitura algo de estimado e desejável na sociedade atual.

Em primeiro lugar é necessário conscientizar o lar, a comunidade e a escola, da importância que a leitura tem na formação do cidadão. Tornar disponível o material para que cada aluno ao ter acesso ao livro seja cativado pela história, tomando assim o gosto de ler, é algo necessário e indispensável.  O potencial das histórias em quadrinhos na formação do leitor influencia na formação e no potencial acadêmico do mesmo.  O gosto pela leitura é despertado quando criado situações de leitura no cotidiano do indivíduo.

Se a leitura não for desenvolvida no indivíduo, fica comprometida sua prática social em sua comunidade. Tanto do ponto de vista dos livros, como da comunidade, a leitura deve ser motivada, para que o cidadão saiba viver com práticas acertadas e tornar-se influente através de seus saberes na comunidade em que vive. A história em quadrinho amadurece a relação emocional entre leitor e leitura. O objetivo das histórias e da leitura é gerar leitores nas comunidades com abrangência em seu conhecimento com capacidade da crítica, argumentação e o discurso próprio que são advindos da leitura.

Os professores devem ter consciência sobre a importância em dispor das histórias em quadrinhos para seus alunos. Cada gestor deveria ter em mente a criação de bibliotecas com o incentivo da leitura de histórias em quadrinhos, bem como ter consciência na importância desta atitude.  A importância dos programas educacionais para atender a necessidade das escolas na criação de bibliotecas escolares deveria ser requerida com mais veemência e cobrança pelos educadores. Não são apenas os problemas econômicos que impedem o crescimento das bibliotecas escolares principalmente na esfera pública, mas a falta de articulação dos profissionais da educação.


Por isso é necessário atitudes que geram resultados para estas expectativas comprovadamente necessárias no lar, na comunidade como também na escola. A conscientização aos pais, para a aquisição de materiais infantis, deveria ser midiática, tornando assim um incentivo necessário da leitura nos lares. O governo através dos representantes da educação deveria condicionar os livros para que cada lar tivesse disponibilidade em adquirir os materiais.  A comunidade por sua vez deveria ser bombardeada por todos os meios de comunicação, tanto à aquisição, o incentivo como a cobrança na aquisição de livros. A disponibilização das histórias em quadrinhos ao leitor novato e a facilitação da circulação das histórias em quadrinhos na Escola, No Lar e na Comunidade formam leitores que irão gostar de todos os tipos de obras. Para isso são necessárias a leitura escolar e a Biblioteca Escolar.

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

A situação atual da Igreja

“Ame e faça o que você quiser – se você amar, tudo o que fizer lhe trará felicidades e proporcionará felicidade ao outro”.

Santo Agostinho.

No meio cristão ocorre muito descaso e pouco envolvimento para mudar a situação de ignorância dos fieis. Líderes mais preocupados com o “ter” em detrimento do “ser”. A supervalorização do material em detrimento da humanização. O capital intelectual cristão é desvalorizado. Não nos movemos frente à situação, nada mobilizamos para gerar mudanças no quadro eclesial. Parece que tudo já faz parte do nosso cotidiano. Por mais que presenciamos irmãos com necessidades espirituais e materiais, não nos comovemos mais.

Todo ser humanos precisa de respeito, amor e atenção, porque somos seres afetivos vivendo em sociedade dependente uns dos outros para relacionamento e desenvolvimento nas relações interpessoais. E quando não expomos nossas preocupações, afetividades e interesses pela situação dos nossos semelhantes, nos tornamos pessoas, rudes, sem afeto natural, individualistas e distantes do amor cristão.

Apenas detectar os problemas eclesiais, e não fazer nada além da criticidade, não mudará o quadro da igreja nos dias atuais. É necessário atitude e iniciativa para provocar mudanças. Devemos começar por nós mesmo, nossa família, nossos amigos, então haverá diferenças e muitas barreiras serão quebradas.
Quando olhamos para a situação eclesiástica, desanimamos, pensamos não haver reversão na situação a qual está a igreja. Mas quanto maior o desafio, maior dever ser nosso empenho para superar a dificuldade. O sabor da vitória é muito gratificante, pois, quando olhamos nossa herança sabemos que tivemos coragem de agir e deixar plantado no nosso legado a conquista.


A mudança deve começar por nós, façamos a diferença.

Geziel Silva Costa

quarta-feira, 1 de maio de 2013

CONFLITOS NA FAMÍLIA (Lição 5)


VALORIZAÇÃO DA FAMÍLIA

O ser humano se desenvolve no seu ambiente familiar. As relações sociais e familiares conduzem o ser humano do estado de mais ignorante para o mais desenvolvido e inteligente. O ser humano é fruto de relações, desde o nome, a inteligência, o pensamento são nele implantado no seio familiar, escolar e social. Deus criou a família e criou as normas para o crescimento e desenvolvimento. A família nuclear é composta de um homem, sua mulher e a prole. A figura paterna e materna é fundamental para o desenvolvimento do ser.

O objeto de amor da criança é a mãe. No século XVIII as crianças eram vistas com indiferenças friezas e certo desinteresse, pois a criança era vista como inacabada e imperfeita.  A fragilidade era notória na vida das crianças, e devido a isto, o índice de mortalidade infantil se tornou enorme, assim a frieza e indiferença da mãe causava menos sofrimento a ela quando a criança morria. É a partir do pai que a criança inicia seu desenvolvimento. A organização familiar se constitui a partir da ordem. O homem é a autoridade no lar. A autoridade na verdade é proveniente do pai e da mãe, a mãe também tem poder sobre a criança. Mas a autoridade está ligada ao pai como autor da vida da criança. A criança despreza todos os pais que o tratam com tirania, mas por outro lado desrespeita todo aquele que afrouxa sua autoridade. Não é autoritarismo, mas o princípio de autoridade que repousa nas costas do homem é:

1-   PROTEÇÃO. O homem é responsável por proteger a esposa e os filhos, dando abrigo, cuidado e atenção. Mas acima de tudo, proteger o lar com sua capacidade espiritual. A presença paterna deve ser desejada não apenas nos aspectos físicos, mas sentimental, social e espiritual.

2-     PROVISÃO. O pai de família é responsável por prover as vestimentas, o alimento, a saúde e todas as necessidades necessárias. O trabalho do homem deve ser a provisão de sua família (Gn 3.17 e Sl 128.3). O trabalho dignifica o homem, ele deve gostar de trabalhar, a mulher é sua ajudadora. O trabalho do marido é prover e seu lar é abençoado por isso. 

3-   PROMOÇÃO. Promover aquilo que se quer, os filhos tem o direito à educação, e cabe ao pai promover a educação de seus filhos. A orientação para a promoção do seu lar é proveniente do marido.

4-     COESÃO.  Os conflitos familiares devem ser amenizados pelo líder familiar. As diferenças entre os filhos devem ser solucionadas, as ideias devem estar ligadas umas às outras.

5-   LIDERANÇA. O líder deve conseguir bons resultados para a sua família através do empenho, da preservação, do incentivo, do crescimento e da maturidade familiar, preservando a harmonia e o bem estar da família. 

6-      VISÃO.  É a ideia de Deus revelada ao homem para que ele execute bem a sua vontade, e quem tem a visão de Deus não executa coisas medíocres, mas busca as melhores para a sua família levando a um patamar elevado de harmonia espiritual e material.

Três coisas que os pais devem deixar aos filhos. Exemplo, exemplo, exemplo.
Na família o indivíduo recebe limites.  A Sociedade está bagunçada (lei da palmada) extingue a disciplina dos filhos contrariando a Bíblia. O que não faz uso da vara odeia seu filho, mas o que o ama, desde cedo o castiga. (Pv 13:24). Educa a criança no caminho em que deve andar; e até quando envelhecer não se desviará dele (Pv 22.6).

A estultícia está ligada ao coração da criança, mas a vara da correção a afugentará dela (Pv 22.15) Não retires a disciplina da criança; pois se a fustigares com a vara, nem por isso morrerá (Pv 23.13) A vara e a repreensão dão sabedoria, mas a criança entregue a si mesma, envergonha a sua mãe (Pv 29.15).

Nenhuma sociedade é mais forte que sua família, seus laços. A fortaleza vem dos laços heterossexuais. Toda a história da raça humana está sustentada num homem e mulher, pois o homem e a mulher são o posto e complexo se unindo para o equilíbrio e formação social.

Geziel Silva Costa

sexta-feira, 19 de abril de 2013

A Morte de Dave HUnt




O primeiro livro que li de Dave Hunt foi a Sedução do Cristianismo, depois Escapando da sedução, A mulher Montada na Besta vol. I e II, O valor da profecia, A batalha pelo controle da mente, O evangelho sem concessões, a hora da verdade sobre o Islã, Um apelo à razão- Criação ou evolução? Procurando e encontrando Deus- em busca da verdadeira fé, Israel no centro do cenário profético, o dia do juízo! O Islã, Israel e as nações, cosmo criador e destino humano e outros, fora os inúmeros DVDs. Como é notória, a dedicação, o conhecimento, a luta pela verdade e a contribuição de Hunt foi precisa não apenas a mim, mais a inúmeras pessoas espalhadas pelo mundo, uma vez que os seus livros e suas palestras alcançaram o planeta. Mas aprouve a Jeová levá-lo, restando apenas o legado e o exemplo de fidelidade e dedicação de Hunt.
Geziel.

Fonte chamada da meia noit

segunda-feira, 15 de abril de 2013

Análise da reportagem da revista época com Daniela Mercury




A própria revista declara inimizade contra Feliciano quando diz que ele por suas declarações contra negros e gays se torna o inimigo número um das minorias no Brasil. A inimizade não parte de Feliciano, pois nas igrejas evangélicas são inúmero os ex-homossexuais que abandonaram a prática.

A revista ainda alardeia que as declarações de Daniela "é um manifesto poderoso” sobre os direitos das diferenças. O manifesto poderoso que a revista exagera em dizer é o apoio conivente da mídia e da imprensa e os artistas simpatizantes à prática. E que o casal gostou da reação dos brasileiros. Que Brasileiros apoiam essa prática? Esse apoio não é proveniente de mais de vinte milhões só de Assembleianos, mas sim (como eles gostam de enfatizar) das minorias e o alarde da mídia.

A cantora diz que seu objetivo saindo do armário é tornar natural o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Nem a constituição nem a maioria dos brasileiros vêem naturalidade nesta prática. É só observar as enquetes nos sites de grande acesso e perceber a rejeição da população.

Daniela disse que está assustada e estarrecida com a permanência de Feliciano na CDH. Estarrecidos e assustados estão o povo brasileiro com a violação da constituição e com os condenados do mensalão no poder.

A revista ainda enfatiza que Feliciano representa apenas os 211 mil votos que recebeu. Sendo assim Jean Wyllys representa os seus 13 mil votos. Época ainda faz questão de dizer que na Inglaterra e nos EUA esta prática acontece naturalmente. Acontece que nem a Inglaterra, nem os EUA com seu ceticismo, esfriamento espiritual, relativismo moral, e decadência familiar com inúmeros suicídios são exemplo para o Brasil.

Época ainda diz que no Brasil, ainda é perigoso alguém sair do armário, tendo em vista a discriminação dos evangélicos. Não conheço uma nota da imprensa que publicou algum homossexual sendo agredido por evangélico. Perigosas, assustadoras e estarrecedoras, são as declarações do ativista gay Márcio Retamero, na câmara dos deputados dizendo se possível for pega em armas contra os cristãos que defendem a família.


Texto escrito por:
Geziel Silva Costa. 

domingo, 7 de abril de 2013

O casamento bíblico


A história humana e a Antropologia estudando a cultura passada mostram-nos a existência da família e as mudanças ocorridas ao longo dos tempos. Para a maioria das pessoas, desde a antiguidade o conceito de família é a família nuclear, pai, mãe e filhos. Mesmo que os filhos sejam adotivos. Esta é a forma mais conhecida e valorizada em nossos dias, a família nuclear segunda (Dando Prado em seu livro: O que é família. pág.8, de 1980). Sobre os problemas familiares é de fácil entendimento porque cada um tem os seus.

Em relação à posição das crianças nos lares e na sociedade, bem como o papel econômico dos pais, ditam o surgimento de uma nova estrutura social. Se a instituição familiar muda, toda a sociedade também. Vemos o Estado intervindo no papel dos filhos, legisla sobre a educação obrigatória, a partilha de bens etc. Vemos que o fator social (a sociedade e suas influencias) domina sobre o fator natural (família). Por isso a constante quebra de paradigmas em nossa família cristã.

Sempre a separação de um casal, de acordo com PRADO, traz conflitos entre os filhos, pois estes sentem falta da união familiar, nas datas comemorativas e a comunhão peculiar de uma família na vida diária. Esta falta de referência familiar causa tristeza nos afetados por ela. A família desenvolve a sociabilidade afetiva como também o bem estar físico e emocional principalmente na infância.

Na segunda guerra mundial, com a ausência do sustento masculino, pois os homens foram convocados para a guerra, as mulheres foram obrigadas a deixarem os lares e o cuidado da casa e dos filhos, para irem a busca de sustendo através de seus trabalhos, semelhante ao pai de família agora ausente. Surge a necessidade das creches neste período, o aumento de salários para a classe trabalhadora feminina, pois as mulheres ganhavam menos que os homens. A aceitação do emprego feminino no mercado de trabalho estava estabelecida.

Os laços familiares hoje estão enfraquecidos devido a responsabilidade de socialização das famílias estarem em decadência. As crianças, os adolescentes e os jovens, preferem reunir-se com grupos de sua faixa etária para os momentos de afetividade e sociabilidade, do que estarem reunidos com a família nuclear.  Para PRADO, os adolescentes e jovens de hoje, não veem na figura dos pais e avós ou pessoas de mais idade, a transmissão ou referencial para a experiência de vida, alguém de quem devam receber conselhos. Não são mais dignos de admiração, conhecimento e respeito, mas sim como pessoas retrógradas.

Cada vez mais os membros familiares em especial os jovens querem sua independência, reivindicam a autoridade dos pais com a ajuda dos meios de comunicação o que não deixa de ser um autoritarismo. Nesta sociedade moderna, os valores morais, a troca e inversão de valores têm deteriorado padrões familiares causando a decadência da família. Os meios de comunicação atacam princípios considerados por eles obsoletos e ultrapassados como o namoro, noivado e casamento. Alguns pais já aceitaram a troca destes valores, até o sexo hoje na sociedade hodierna, é tido com bem de consumo.

Nas palavras do poeta: “Ouço um grito! Alguém está afogando-se no mar da incerteza, há um desespero na praia da vida. Oh! É a família que está morrendo, está afogando-se com a imoralidade, vejam que situação! Quem poderá ajuda-la? A célula mãe precisa de sua ajuda, não a deixe morrer, faça alguma coisa pela família”. Levem sua família à igreja, não a deixe ser levada pelas enxurradas deste mundo, alimente-a com a palavra de Deus. Venha neste trimestre estudar sobre a família, assim você poderá dizer como Josué: “Eu e a minha casa serviremos ao Senhor. Js 24.15”.

Geziel Silva Costa

sexta-feira, 8 de março de 2013


A mulher é companheira e adjutora

Sem a mulher nosso mundo é solitário, triste e sem inspiração

A mulher nos inspira, (Adão se tornou poeta ao ver Eva) "Esta é agora osso dos meus ossos, e carne da minha carne; esta será chamada mulher, porquanto do homem foi tomada".

A mulher é uma beleza indescritível, é diferente totalmente do homem

É exatamente esta diferença que nos completa, é nossa outra metade

A fala, os sentimentos, o corpo, a maciez da pele, o andar, a percepção,

as emoções e todas as qualidades femininas impressionam o homem.

É o diferente que nos atrai que causa admiração, que nos completa.

Essa diferença deve ser compreendida, analisada e compartilhada e 
gozada juntos.

"Goza a vida com a mulher que amas, todos os dias da tua vida vã, os quais Deus te deu debaixo do sol, todos os dias da tua vaidade; porque esta é a tua porção nesta vida, e no teu trabalho, que tu fizeste debaixo do sol". Eclesiastes 9:9

O homem ganhou este presente do próprio Deus. "A casa e os bens são herança dos pais; porém do SENHOR vem a esposa prudente". Provérbios 19:14.

A solidão que o homem sente pela falta da mulher é verdadeira. "Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma ajudadora idônea para ele". Gênesis 2:18

Muita sorte a todos que estão em busca de sua companheira, e felicidades àqueles que já encontraram a sua mulher. "Aquele que encontra uma esposa acha o bem, e alcança a benevolência do SENHOR". Provérbios 18:22.

FELIZ DIA INTERNACIONAL DA MULHER
Geziel Silva Costa

sexta-feira, 1 de março de 2013

A renúncia de Joseph Ratzinger (Papa Bento XVI)


Joseph Ratzinger é considerado uma das mentes mais brilhantes na história da Igreja. Seu conceito sobre a Moral, cultura e existencialismo são admirados até por céticos. A sua questão foi lidar com o materialismo que desagrega e assola a igreja, e não só a Romana, mas a pentecostal também.  Durante seu poder o Vaticano maculou tal conceito elevado de moral com os sucessivos abusos de pedofilia como a corrupção no banco do vaticano. A Hierarquia reacionária da cúria negou e ocultou deixando Joseph Ratzinger sem condições de exigir punições, o que o deixou desapontado e sem interesse na continuidade do papado.

O desejo de Joseph Ratzinger era reverter a corrupção e acabar com os escândalos morais, mais a instituição a que servia, estava comprometida com o desserviço à moral e ética, ganhando o páreo contra Joseph Ratzinger.
Joseph Ratzinger continuou defendendo dogmas antigos da Igreja contra o aborto, homossexualismo e a Teologia da Libertação embasada em conceitos Marxistas. Com estas afirmativas, Joseph Ratzinger recebe a fama de ser retrógrado e antiquado. Mas parece que Joseph Ratzinger pensava como papa em fortalecer as doutrinas dogmáticas da igreja. E o caminho para esse fortalecimento seria combater a corrupção e o relativismo moral que perpetua na Igreja.

Joseph Ratzinger sempre tinha o costume de proteger a maior herança da igreja, a alta cultura clássica e renascentista que a igreja preservou e difundiu no ocidente. A renúncia de Joseph Ratzinger, não é covardia nem desistência por idade avançada, mais uma resistência firme e decidida contra as mazelas morais infiltradas na igreja. Parece mais um desejo de renovo, a renuncia de Joseph Ratzinger fortalece suas convicções, com esta atitude ele está dizendo: Não concordo com uma igreja deprimentemente miserável e corrupta com a moral e os preceitos dogmáticos.

Geziel Silva costa



quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

A capa de Veja me chamou atenção pelo fato de dizer que a revolução sexual no Facebook era a mais nova ousadia. O aplicativo Bang With Friends está a serviço para encontrar parceiros sexuais, e a notícia é que em 15 dias 500 mil usuários estão à mercê desta sujidade. Fico estarrecido, por ver os valores da família sendo desrespeitadas através dos BBBs frívolos, novelas vulgares, programas televisivos triviais sem nada a oferecer, governos sem programas familiares mais a benefício da promiscuidade. Quais são os limites do comportamento social? Uma sociedade sem limites auto se destrói.

O Facebook que tem muitas outras finalidades como debates políticos sadios, relacionamentos familiares e outras infinidades de vantagens, também pode ser uma ferramenta da promoção da promiscuidade. As coisas sem valores morais são as que mais proliferam m. Ainda sou do tempo da conquista, da conversa, da amizade (não apenas a virtual), um namoro sadio e um casamento estável. Isso tudo nos dias atuais é retrógrado. A ideia hoje é entrar no face e escolher o parceiro (a), que é mais um objeto de uso e mandar um convite para transar, depois cada um toma seu rumo.

Estamos em outro tempo, uma reportagem que agride a inteireza humana, abala os valores morais e familiares, principalmente num país que o cristianismo jugula, e não há reações, manifestações de protesto, creio que os tempos mudaram mesmo. O que importa é a infidelidade conjugal, a solução contra as doenças e a gravidez indesejada é o uso da camisinha. A ideia é trair, divorciar, e aprovar os programas de governo que legalizam tudo, que é proibido proibir. Os tempos mudaram e mudaram para pior.

A reportagem de veja leva-nos a preocuparmo-nos com nossos filhos, jovens e adolescentes. Os que eles estão fazendo, ou com quem estão se relacionando? Será se não estão à disposição de pedófilos? Podem estar correndo risco com outros mal intencionados. Leiam a reportagem e reflitam sobre as condições atuais da nossa sociedade e a direção que ela toma.

Geziel Silva Costa