Existem inversões dos assuntos da morte e do nascimento nos debates e explicações nos dias de hoje. A situação da morte hoje é até menos emocional do que antes. Quando alguém partia desta vida para outra, os momentos emocionais eram mais aflorados na vida de uma pessoa. Hoje o conformismo é maior, as pessoas dizem: - É assim mesmo! Partiu para uma vida melhor, está com Deus! Quanto às explicações do nascimento hoje, as fadas, e as cegonhas somem dos comentários dos adultos para as crianças, com relação à origem. Até as crianças inocentes, já não são mais tão inocentes quanto ao assunto do parto.
A sociedade tenta afastar cada vez mais a morte da vida de seus familiares. O envelhecimento é sinônimo de asilo, o lugar dos doentes é no hospital, e os defuntos devem ser lavados e tratados pelas funerárias. Para os entes queridos, apenas o trabalho de velório é suficiente. Até mesmo as pessoas mais velhas com a idade mais avançada possível, não querem morrer, mas pelo contrário, faz uso de todos os meios para mais um dia ou uma hora de vida.
As pessoas nos dias atuais, não mais se preocupam tanto com a morte, se apegando às pessoas, as coisas, e esquecendo-se de se prepararem para uma vida por vir. Isto porque não creem mais na vida após a morte, e os que creem estão definitivamente conformados acreditando que para eles, é impossível a chegada deste dia.
A Bíblia relata em diversos livros sobre o luto. E as diferentes maneiras do comportamento dos enlutados. Ela também enfatiza a importância de analisar a morte e estar em um funeral. Talvez para darmos mais valor à vida do que as coisas, e aproveitarmos mais o tempo com o gozo da vida e das pessoas que amamos que a perca de tempo com coisas frívolas. No NT Jesus tanto ensinou quanto viveu momentos de dor pela perca de um amigo. Marta e Maria queriam a presença de Jesus naqueles momentos dolorosos. Acredito que pelo desejo do milagre, e também para partilhar a dor. Assim nos dias de hoje, os líderes constantemente são convidados ao velório de irmãos e amigos, com a finalidade de uma palavra de consolo, um abraço amigo. Tanto a companhia como os momentos alegres e as dores, deve ser dividida e compartilhada com os demais.
A fase do luto é relativa, por mais que as pessoas se preparem para este momento, ou já estejam esperando a partida do seu ente querido, quando a morte chega é realmente diferente do que previsto. A fase controlada às vezes evita que a pessoas enlutadas caia na real de imediato sobre a perda. Devido à correria nos preparativos do enterro, a recepção das pessoas bloqueiam as emoções. As consequências se dão pós-luto, quando tudo acaba e as pessoas vão embora, a tristeza e amargura toma conta. Nestas horas o aconselhamento pastoral é fundamental.
O vazio existencial é real na vida de pessoas enlutadas, as lembranças, a saudade faz com que a pessoa alimente o passado. É necessária a presença dos familiares, amigos e irmãos para trazer de volta estas pessoas ao presente para viver sua vida. Alguns se retraem na própria solidão, outros esperam por alguém, e não esperam ser decepcionados. Assim a pessoa entra na fase da readaptação, aprender a lidar com a perda, voltar ao trabalho, à alegria, falar da perca com naturalidade. A superação e a readaptação estão de volta na vida presente do indivíduo.
O luto na sociedade hodierna de hoje é reprimido, segurado ao máximo para manter o estereótipo. O luto recolhido interiormente pode causar problemas psíquicos. É necessário externar os sentimentos. Nas classes populares e rurais isso flui natural, as pessoas não conseguem agir como atores, mas se expressam com naturalidade, que aos olhos de muitos, podem ser avaliados como escândalos. Acredito que no meio da igreja não deve persistir o desespero, mas a externação dos sentimentos devem ser compreendidos pelos fiéis. Há pessoas na igreja que precisa de acompanhamento psicoterapeuta, devido à morte de seu ente querido ser proveniente do suicídio ou assassinato, pessoas assim podem desenvolver revoltas e incompreensão que será necessário um tratamento adequado.
Nas questões que envolvem injustiças, a comunidade evangélica deve ajudar as pessoas a ganharem suas causas justamente batalhando pelo melhor. O conselho pastoral não é apenas abrir a Bíblia, ler alguns versos, e bater no ombro das pessoas e dizer que Deus ajudará. Mas sim exige que o conselheiro tenha sabedoria e conhecimento de causa seja nas questões sociais, econômicas, espirituais e emocionais. Se for à obra social, o Deus te abençoe não é suficiente para aliviar a dor dos menos favorecidos, mas sim a ação concreta com algo supridor. Se for às questões emocionais, é por isso que as questões de terapia cada vez mais são desejadas e procuradas pelos seus líderes. Eles sabem desta deficiência e primam pela melhoria e o sucesso nesta área.
Síntese Palestra na XIV Semana Teológica de Caxias do Sul, 05/07/2007.
Lothar Carlos Hoch
Faculdades EST/ São Leopoldo.
Um comentário:
Vim visitar seu blog, desejar de todo o coração que continue a ser uma benção, e que se deixe usar pelo Grande Mestre.E ao mesmo tempo desejar um natal feliz, também convidar você a fazer parte de meus amigos no blog, "A Verdade Que Liberta", unidos em Cristo somos uma verdadeira muralha contra qualquer calamidade, espero por sua visita. Um abraço.
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