Alerta Final

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quarta-feira, 24 de agosto de 2011

As festas judaicas

Antigamente Israel se baseava no ano lunar. A cada dois ou três anos, fazia-se uma adaptação ao ano lunar, baseado no ano solar. Essa adaptação era a adição de um mês no ano solar. O primeiro mês do calendário de Israel correspondia aos nossos meses de março e abril aproximadamente. Conhecia-se o início de um mês pela lua nova.

Na cultura Judaica, comemoravam-se três grandes festas importantes para Israel. A festa dos Asmos, da Colheita e do tabernáculo. Conforme as ordenanças do Senhor em Êxodo 23 a Festa dos Pães Asmos era para ser celebrada durante sete dias. Isso no mês de Abibe, porque este foi o mês que saíram do Egito. O primeiro corte do Trigo era torrado, o povo se reunia em vários santuários para preservar a colheita.

Somente mais tarde é que o Rei Josias conduziu este cerimonial ao templo em Jerusalém. A festa das Semanas que é a festa das primeiras colheitas de trigo. Ficou conhecida como festa das semanas, por causa da contagem de sete semanas do início da colheita dos cereais. Era mais um culto de ações de graças, onde eles expressavam sua gratidão a Deus pelos frutos da terra. A festa das semanas era também celebrada a dádiva da Torah que receberam no Sinai. Foi nesse dia o derramamento do Espírito Santo, de onde conhecemos o pentecostes. Também existe a festa dos Tabernáculos, que é a celebração da colheita dos frutos. Durante a colheita dos figos, tâmaras azeitonas, uvas e etc., eles habitavam em cabanas. Essa ação lembra o tempo que Israel no deserto, morava em cabanas. É uma festa alegre, com danças, celebrada durante sete dias. Em Deuteronômio já vemos vinculado à festa dos Asmos a festa da Páscoa.

A páscoa na verdade era uma festa de pastores, quando saiu para terras longínquas em busca de pastos, matavam um animal para prevenção. Isso foi associado na saída de Israel do Egito, quando os Israelitas comeram o cabrito assado, e passaram o sangue nos umbrais das portas. Onde o Anjo da morte passava, e não matava os primogênitos devido o sangue. Aí temos a explicação da palavra Pascoa, passagem, talvez a passagem do destruidor, ou a passagem do mar vermelho por Israel. No tempo de Jesus a páscoa foi celebrada, e hoje é uma festa no seio da família israelita precisamente dia 14 do mês de nisã, relembrando os acontecimentos do Egito, e as ações de Javé. Hoje no cristianismo a páscoa simboliza a ressurreição de Cristo, a nossa passagem da morte para a vida.

A estas três festas, foram adicionadas outras festividades. Não creio ser pela influência do período pós-exílio, porque a maioria delas está no Pentateuco. As festas são: Ano Novo, o dia do perdão ou da expiação, o dia da alegria da lei, a festa da dedicação do templo, a festa de purim e o sábado.

O sábado em si não é uma festa, mas um tempo ou dia tirado para o Senhor. Sábado é um dia de descanso para Deus em hebraico (Shabat), parar de trabalhar. Este mandamento percorre todo o antigo Testamento. O sábado não é associado a outros dias como sexta feira treze, considerado um dia de azar. Não é que trabalhar no sábado trás uma maldição, ele não é um dia de mau agouro, mas um mandamento. Seis dias trabalharás, mas o sétimo é o sábado, isto é: trabalhamos seis dias em nosso favor, mas precisamos ter pelo menos um para agradecer ao Senhor.

Com o descanso sabático, os israelitas além de estarem obedecendo e se dedicando nesse dia a Javé, proporcionam descanso aos animais e aos servos, evitando trabalho escravo forçado. O sábado se torna um símbolo da identidade de Israel no exílio babilônico. Com o tempo, foram acrescentados os preceitos à observância da sábado. Acender fogo, carregar cargas e até a distância que se poderia andar neste dia. Alguns foram tão rigorosos na observância do sábado, que preferiram morrer que descumprir as ordens.

No Novo Testamento, os preceitos do sábado, principalmente por Jesus, eram observados. Mesmo assim, Jesus irritou muitos judeus zelosos, por curar e ter suas atividades normais no dia de sábado. Mas Jesus deu outro significado ao sábado, que veio a serviço da vida, o sábado foi feito por causa do homem e não o homem por causa do sábado. Paulo por sua vez, deixa claro que o sábado está inserido no contexto da lei. E o sim da lei é Cristo, para justiça de todos que creem. Estamos em uma Nova Aliança, por isso o Novo Testamento.

O domingo não veio para substituir o sábado. Mas se torna um dia especial porque as atividades de Jesus, como também suas aparições depois da ressurreição, deram muitas vezes no domingo. A partir daí, a igreja primitiva toma o domingo como dia do Senhor. Constantino foi o responsável pela associação do domingo com a divindade solar. Mesmo assim, algumas atividades não paravam no domingo, os escravos por exemplo. Os reformadores eram a favor do descanso dominical. Lutero entendia que antiga aliança ficou no passado, e que estamos sob uma nova aliança. Os puritanos na Inglaterra foram mais taxativos, e até leis foram elaboradas, proibindo qualquer atividade ou lazer no domingo.

Na atualidade, o mundo tem um dia para descanso e culto. No Brasil, adotamos o domingo como dia especial e existe até leis que regem melhor a situação de trabalho e descanso. Nos países muçulmanos é a sexta feira o dia d descanso. Todavia, devido às diversas atividades, alguns preferem ou são obrigados devidos às atividades, descansarem outro dia da semana. Isso prejudica a reunião familiar.

Hoje o que é mais importante não é a discussão se o sábado ou domingo é o dia de descanso. Mas sim saber conciliar entre lazer, família e culto a Deus no dia de descanso. Isso é tão importante que temos na Bíblia o ano sabático. Seis anos trabalhando mais o sétimo e o descanso da terra. Também a cada cinquenta anos, os escravos eram liberados.

No Antigo Testamento percebemos três tipos de sacrifícios: Agradecimento, comunhão e expiação. Alguns eram oferecidos com animais, outros com manjares, cada um tinha seu significado espiritual. Esses sacrifícios bíblicos, no meu entender, nada têm relacionado aos sacrifícios das divindades pagãs. Mas sim ensinar o homem a ser grato a Deus pelas bênçãos. Também não colocar seu caroção nas coisas terrenas. Também serviam para promover comunhão entre o homem e Deus.

Os sacrifícios pelo pecado eram necessários morrer um animal. As pessoas carentes de perdão iam até o sacerdote que fazia o ritual sagrado e bíblico. Esses sacrifícios apontam para o Jesus. Assim como o animal inocente derramou sangue para livrar da morte e perdoar os pecados de muitos, Jesus como o cordeiro que tira o pecado do mundo, nos deu vida morrendo e derramando seu sangue por nós.

terça-feira, 16 de agosto de 2011

O monoteísmo Bíblico


O monoteísmo é bíblico porque o próprio Javé, Deus de Israel estipulou isso à nação, quando


disse: Não terás outros deuses diante

de mim. Jesus mesmo disse a satanás: Vai-te satanás, somente ao Senhor teu Deus adorarás, e só a ele servirás.

Quanto ao conflito entre Judeus e palestinos, a combate não é pelo fato de serem monoteísta. Mas a peleja vai, além disso, é por territórios, é a política das terras e das raças, não se baseia em um item apenas.

A Bíblia deixa clara a existência de outros deuses, quando adverte a Israel: “Não seguireis outros deuses, os deuses dos povos que houver ao redor de vós” (Dt 6.14). Poderíamos citar diversas outras passagens, mas não é o caso.

Outro ponto que quero destacar é sobre o Deus de Abraão de Isaque e de Jacó. Por mais que pareça que cada um destes patriarcas tenha seu próprio Deus pessoal, é mais claro e admissível, que cada patriarca teve sua experiência com Deus. A

té porque o Deus de Abraão não iria ordená-lo sair da terr

a, da parentela politeísta e permitir que Abraão continuassem no próprio erra que mais tarde Deus exigiria da não, servir a ele só.

Não acredito que Israel integrou outros deuses, ao Deus da Israel. Até porque antes da conquista de Canaã, a advertência contra deuses estranhos, já era conhecida. “Não seguireis outros deuses, os deuses dos povos que houver ao redor de vós” (Dt6. 14). “Não fareis outros deuses comigo; deuses de prata ou deuses de ouro não fareis para vós”

(Ex 20,23).

Outro sim, porque será que Jacó se desfez dos deuses estranhos enterrando-os? “““ E Jacó fez um voto, dizendo:” Se Deus for comigo, e me guardar nesta viagem que faço, e me der pão para comer, e vestes para vestir”.

“E eu em paz tornar à casa de meu pai, o SENHOR me será por Deus” (Gn 29.20-21). Aí está por causa do voto que ele fez de servir somente a Deus. O Senhor será o meu Deus. Chegando ao lugar que ele fez o voto, ele se lembrou dos feitos de Deus, então entrou com sua pare cumprindo o voto.

Parece algo relativo, quando o texto afirma que no antigo Oriente, cada povo tinha o seu Deus maior, em especial que Israel também tinha o seu. Acredito que Javé é um Deus absoluto, porque derrota todos os demais deuses com seus respectivos poderes e seguidores. As dez pragas é algo contra os deuses dos egípcios. A morte dos animais, onde está o boi Ápis protetor das criações? E assim com as demais pragas.

Na caminhada de Israel, os deuses dos Moabitas, Amonitas, Baal e companhia, todos caíram diante do Deus Javé. Por isso ele é um Deus absoluto.

Quando os Israelitas foram dizimados ao exercito babilônico, receberam injúrias, e Javé foi afrontado dizendo que não pode fazer nada diante do deus babilônico, sabemos que tudo ocorreu pela permissão de Javé. A ajuda, o livramento, o cuidado e as bênçãos sobre Israel da parte de Javé, eram condicionais. Em Deuteronômio capítulo 28 a primeira parte das bênçãos cuidados e providencias eram a obediência e adoração a Javé. O contrario disso resultaria em abandono, e seriam entregues aos próprios inimigos. Foi o que aconteceu com Israel nas mãos dos babilônicos.


Geziel Silva Costa

domingo, 7 de agosto de 2011

As origens da fé em Javé, o Deus de Isarel

A fé de Israel mudou ao longo de sua caminhada. Talvez pelos problemas encontrados ao longo do caminho, ou por influências de outras religiões. No livro dos Juízes, está o relato de altos e baixos.

Israel desobedece a Javé, em consequência a isto, vão ao cativeiro. No exílio eles arrependem-se, Javé levanta um juiz e livra-os. Ao esquecerem os atos de misericórdia de Javé, desobedecem às leis, e novamente o resultado é o cativeiro. Vemos assim ida e volta, desobediência e obediência, altos e baixos, juízo e misericórdia.

Nas religiões de outros povos, também houve mudanças, isso pelo aumento do conhecimento na caminhada histórica. O avanço do conhecimento faz com que as pessoas avaliem suas noções religiosas e culturais. A história de Israel está claramente exibida nos livros históricos e proféticos, que vão descrevendo a conduta da nação, e a influência sofrida em detrimento das nações vizinhas. Temos então uma mensagem rica e atual para nosso saber teológico.

Quando examinamos a história da religião e teologia do AT, vemos mudanças de procedimentos, conceitos e ações do povo de Israel. No entanto entendemos a imutabilidade de Deus em toda a História. Devido à imutabilidade de Deus, é exigido de Israel que também não mudem em dano dos comportamentos de outras religiões, Israel não deve sofrer mudanças. Os costumes, os métodos religiosos pagãos, não devem ser desejados e nem copiados por Israel. Uma técnica reprovada por Javé nas religiões pagãs, era os sacrifícios de crianças aos deuses, isto é: passar os filhos pelo fogo. Israel não deveria perpetrar isso, por ser abominação a Javé.

Sou de acordo com o texto, quando exibe que a adoração a Javé foi exercitada antes da existência de Israel. Adão, Sete, Noé, Abraão e Jacó, já adoravam antes a Deus com a construção de altares. No Egito, Moisés foi a peça fundamental para trazer Deus ao centro da adoração do povo de Israel, que com o controle egípcio, esqueceu-se de Javé. Talvez, alguns tivessem lembranças do Deus de seu pai Jacó; Compreendemos que Jacó quando descia à casa de Labão, quando chegou a Betel fez um voto a Deus, prometendo ser fiel a ele, e servi-lo somente a ele, se Deus fosse com ele abençoando-o.

Jacó tinha conhecimento de Javé. Talvez a comunhão e a informação de Jacó com Javé chegaram à ciência do povo de Israel, todavia, como adorá-lo? Então aparece Moisés com a missão de levar de volta o povo a Javé. Até porque era promessa de Deus a Abrão e a Jacó, trazer o povo de volta do Egito. Vemos isso na fé de José, que preferiu não ser enterrado no Egito, acreditando que o povo sairia de lá, e então teria seu corpo sepultado em Canaã. O povo precisava voltar-se ao Deus dos pais, o Deus das promessas, das terras e de um futuro propício. Então era necessário que confiassem nesse Deus, era preciso estar preparado a servi-lo e adorá-lo como garantia das bênçãos.

As festas judaicas, em especial a páscoa, servem para trazer de volta à memória das famílias, e propor aos mais novos os feitos de Javé. Aprendem então que Javé é o Deus dos menos favorecidos, dos oprimidos como era o povo no Egito. Isso levou o povo a lutar contra a injustiça, acreditando fazer a vontade de Javé. A páscoa e outras festas servem para contar o que Javé fez em favor de Israel.

Isso incentivava o povo servir a ele com fidelidade. Israel percebeu o milagre e a intervenção divina nas pragas do Egito. Isto despertou a fé em Deus, que então firmou as alianças e as leis para Israel. A partir daí, Deus se manifesta no monte Sinai, que fumegava e tremia e começa Deus a falar audivelmente com Israel. A teofania de Javé, segundo a primeira tradição, vem acompanhada de fogo, fumaça e tremor. Javé se revela