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terça-feira, 4 de outubro de 2011

O Conceito de Missão

Nos últimos cem anos, a ciência vem se multiplicando assustadoramente. As mudanças ocorrem em todos os seguimentos da sociedade sendo inevitáveis. Essas mudanças são tanto positivas como negativas, ao mesmo tempo em que é benéfica ao homem, pode ser maléfica. Diante destas verdades, a teologia cristã não poderia ficar sem sua contribuição, tendo em vista que a Bíblia tanto falou deste momento de evolução na história humana.

A teologia apresenta biblicamente o propósito da vida humana aqui na terra. A solução para a sociedade mundial, a paz e a felicidade não estão simplesmente na tecnologia, na globalização e nem na pós-modernidade. O pensamento pós-moderno é anticristão e extra bíblico e estes conceitos são motivos para um caminho destrutivo e sem solução que a sociedade está trilhando. O que dizer do aquecimento global? Está escrito que a terra geme, com a maldade do homem à natureza. O pecado humano trouxe maldição a terra. “Maldita é a terra por tua causa”.

Quanto às mazelas, injustiça social, guerras, fomes, pestes, desigualdades econômicas e os conflitos, estão escrito: “De que se queixa o homem? Queixe-se de seus próprios pecados”. Também são sinais e advertências que estão escritos na Palavra. Em Mateus 24, Timóteo e outras passagens, alertam para estes momentos. A única solução para tudo isso, não é o futebol, a música e nem a religião, mas a solução é Jesus. Se os humanos cressem e recebessem Jesus seguindo a sua Palavra, o mundo seria diferente. É necessário que os próprios missionários tenham recebidos ao Senhor Jesus como seu único e suficiente salvador de suas vidas.

No tocante a teologia e sua relação com a missão temos visto que tem havido muito desta última, mas, porém, pouca prática. É do conhecimento de todos que no contexto histórico das missões muitas vezes comunidades inteiras foram impostas a receberem obrigatoriamente a fé que lhes eram ensinadas mesmo contra as suas próprias vontades. É o que aconteceu com os denominados cristãos-novos em 1497 quando todos os judeus que eram nascidos em Portugal foram forçados a converterem-se ao cristianismo.

Como o império era totalmente cristão e as práticas judaicas eram totalmente proibidas, os judeus eram obrigados a serem católicos praticantes. Durante quase trezentos anos esses judeus nascidos em Portugal foram processados e perseguidos pelo tribunal do santo ofício da inquisição. Também nas colônias portuguesas os que possuíam outra fé eram perseguidos pelo santo tribunal. A causa dessa evangelização tirana sobre os judeus foi à dualidade que passaram a viver para serem reconhecidos pela cultura ibérica. Ou seja, eram ainda judeus, porém agora não praticantes, pois teriam que viver como cristãos para não perderem a própria vida.

Somente com a liberdade de crenças que as igrejas protestantes passaram a usufruir no século XX somando a isto também o fim das colônias, é que a missiologia nas igrejas evangélicas passam a ter um desenvolvimento maior no terceiro mundo principalmente nos continentes latino americanos, africanos e asiáticos. Claramente porque antes deste período era totalmente rigoroso o combate a toda e qualquer forma de crença que não fosse a religião oficial decretada pelo estado.

Com a chegada dos missionários jesuítas portugueses para ás Américas com os colonizadores que vinham expandir o império e conquistar os povos nativos, notamos que o objetivo de alargamento dos campos dominados por eles referia-se também a religião. Desta maneira à medida que se tomava posse das terras dos povos ameríndios ao mesmo tempo era lhes imputado o domínio através da cultura que tinha como braço forte a desculpa da religião. Isto não leva a ninguém crer que simplesmente os nativos foram persuadidos a mudarem seus hábitos, costumes e religião da noite para o dia. Os povos da terra nunca deixaram de pelejar contra o domínio exterminador que se abateu sobre os seus territórios ao final do século 15. E quando em algum momento sua cultura era preservada pela força superior de suas estratégias bélicas geralmente o que ocorria era a destruição de suas terras comprometendo todo objetivo da missão cristã para com estes povos. Como a história mostrou muitas vezes, que, os missionários eram omissos diante das injustiças feitas às gentes nos leva então a refletir se toda aquela evangelização trouxe algum benefício espiritual e material!

Na mesma linha podemos colocar também o modo de evangelização feita aos negros trazidos da África para se tornarem escravos em todo continente Latino-Americano. O flagelo da escravidão era sem limites incluindo a isto toda sorte de abusos imagináveis contra o ser humano e ainda tendo como álibi a idéia que Deus concedia permissão para tudo isto. Os escravos também foram obrigados a seguirem a religião católica sendo-lhes proibida qualquer realização de seus costumes como festas e rituais africanos. Os senhores de engenho impôs a esta gente também a adoção da língua portuguesa como forma de comunicarem-se. Mas às escondidas eram praticadas as suas festas e costumes e assim conseguiram manter as suas culturas e tradições.

A missiologia protestante começa de uma maneira voluntária em que cada crente é responsável pela divulgação do evangelho. Com a chegada dos protestantes à America-latina estes viram a necessidade de evangelizar os próprios católicos entendendo que também os seguidores desta fé necessitam da salvação em Jesus Cristo. Assim a palavra é levada com grande aceitação por todo o continente principalmente no território brasileiro.

Síntese da matéria Introdução à teologia da missão

Prof. Roberto Zwetsch

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