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segunda-feira, 19 de maio de 2014

Análise do texto "Juventude e adolescência no Brasil: Referências conceituais"
de Helena Wendel Abramo e Oscar Dávila León


As propostas de políticas públicas para adolescentes e jovens de baixa escolaridade e baixa renda vêm sendo debatidas em conferências. Tanto os jovens como os adolescentes devem ser reconhecido como sujeitos de diretos. O tema sobre a juventude está na pauta das políticas públicas, sendo debatido em todo território nacional. A cada época, o conceito de adolescência e juventude sofre uma denotação e delimitação diferente, porque é proveniente de uma construção histórica e cultural. A psicologia Geral tem usado o termo adolescência e juventude como sinônima. Diferente das ciências humanas e ciências sociais que tem feito divisão entre elas.

Todavia o estudo abrangente sobre a adolescência teve seus maiores esclarecimentos e interesse na psicologia evolutiva no século XIX e, sobretudo no século XX com o americano Stanley Hall.  Segundo o texto, na compreensão do desenvolvimento físico a concepção de adolescência começa na puberdade e vai desde a capacidade de reprodução passando pela maturidade, concepção e todas as estruturas completas.  No desenvolvimento cognitivo ou intelectual as mudanças no adolescente acontecem no pensamento, sua compreensão da cosmovisão, o entendimento na participação social, interagindo socialmente concordando ou não com os conceitos sociais.

Delval conceitua a adolescência em três teorias, que segundo ele são: A teoria psicanalítica que ocorre com a puberdade, e influencia no desenvolvimento da sexualidade, às vezes influencia também nos relacionamentos familiares e inclui também a aceitação ou não do convívio social, das regras sociais, às vezes criando suas próprias regras na sociedade. A teoria social, que advém de pressões sociais, a definição dos papéis sociais na vida do adolescente. E a teoria de Piaget, que enfatiza as mudanças no pensamento, no processo cognitivo.

Falando na juventude o texto demostra que é mais referente a noção de faixa etária, onde o indivíduo se desenvolveu e as transformações psicológicas e sociais. Assim ele deixa a infância para entrar no mundo adulto e passa a ter visibilidade social. Dependendo da classe e do meio, o significado de juventude é processado diferente. A juventude é uma etapa da vida que tem as suas próprias oportunidades e limitações, e não somente uma fase de preparação para a vida adulta.

Alguns abordam a juventude como um período preparatório, entre a infância e a idade adulta. Nesta fase os indivíduos se preparam no esporte, estudos, lazer e preparo militar e a educação como ocasião preparatória no ingresso da vida adulta.  A juventude ainda pode ser vista como uma etapa problemática, sem limites e dependendo de cuidados das instituições existentes. Pensando nisso no Brasil os programas de prevenção têm por objetivo conscientizar a juventude diante dos perigos das drogas, gravidez indesejada e doenças sexualmente transmissíveis, como também os riscos de envolvimento dos jovens em crimes, narcotráficos e criminalidade.

Outra visão da juventude é o jovem como ator estratégico do desenvolvimento. Eles são adaptáveis às mudanças,  às tecnologias e as causas sociais. Esta visão aposta na juventude e na sua capacidade de transformações produtivas e competência no mundo do trabalho via educação. Aposta nos jovens, na sua educação e no seu engajamento social para desenvolvimento de projetos sociais e voluntários.  Outra visão de juventude que ainda é citado no texto de Oscar Dávila Leon é a juventude cidadã como sujeito de direitos e não juventude problema como parte responsável das mazelas sociais. 

Mas nesta visão os jovens são sujeitos de direitos, e a partir dos anos 90, esta perspectiva vem crescendo no Brasil como o ECA, que apesar de ser pouco conhecido da população a cada dia torna-se eficiente. No Brasil nos anos 70, os debates políticos estavam voltados diretamente para a juventude como solução e capacitação aos problemas sociais, desde que os jovens ingressassem no ensino médio ou superior. Os jovens eram visto como fonte de modernização e pronto a ingressar no desenvolvimento do país. Nos anos 70 os jovens estão inseridos no movimento contra a ditadura, usando sua força e habilidade contra o regime militar. No processo de redemocratização perdem sua força e influência, e volta aos temas sobre os meninos de rua que deu origem ao Estatuto da Criança e do Adolescente como uma das leis mais modernas do mundo.

A partir da década de 90 os debates giravam em torno da juventude e o desemprego na faixa etária de 16 a 24 anos, como também as drogas, e as altíssimas taxa de homicídios entre os jovens de 18 a 25 anos. Os partidos políticos sempre usaram a força jovem contra o regime militar, expondo temas de transformação social. Os grupos culturais como Hip hop, reggae, rock, punk, capoeira, skate e outros com seu diálogo de inclusão reivindicando respeito, reconhecimento e sempre buscando o apoio e projetos com a participação pública dos jovens se destacaram e até cresceram com apoios de seus representantes na política.

A UNICEF em seus documentos consolida a noção da adolescência da qual o marco legal é o ECA. Entre os muitos assuntos tratados destaca em especial os adolescentes que vivem em situações de risco, como a exploração do trabalho, exploração sexual, gravidez precoce, uso demasiado de entorpecente e os que moram nas ruas. O documento garante o direito dos adolescentes e formula políticas públicas em favor destes, visando o bem maior e uma ação social adequada.

Geziel Silva Costa

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