Alerta Final

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sábado, 16 de maio de 2009

A UNIDADE DA IGREJA DE CRISTO


A unidade está no próprio ser da Igreja de Jesus Cristo. Está junta à santidade e a postolicidade . Achamos no Novo Testamento a união implícita, Jesus ora pelos seus discípulos para que todos sejam um, pois o rebanho é um só, e um só é seu pastor, há somente um corpo e um só Espírito como também um só Senhor e uma só fé e um só bastimo, um só Deus e pai de todos. Todos os batizados que comem pão na mesa da ceia é um só corpo. Cristo derruba a separação, Ele não divide, mas une. Deus quer que seus seguidores sejam unidos. Quando Jesus se preparou para sua própria morte, uma das primeiras coisas em sua mente foi a unidade dos seus discípulos:


"Não rogo somente por estes, mas também por aqueles que vierem a crer em mim, por intermédio da sua palavra; a fim de que todos sejam um; e como és tu, ó Pai, em mim e eu em ti, também sejam eles em nós; para que o mundo creia que tu me enviaste" (João 17:20-21). Que em nossas comunidades possamos vislumbrar a unidade tanto quista por Jesus, elevando nossa reflexão para o que diz Paulo em sua Primeira Carta aos Coríntios, capítulo 12, versículos 3b, 4 e 5, onde está escrito que "ninguém pode dizer: Senhor Jesus, senão pelo Espírito Santo. Ora, os dons são diversos, mas o Espírito é o mesmo. E também há diversidade nos serviços, mas o Senhor é o mesmo".


Ainda assim, com o seu objetivo em foco, a unidade, teve diversas formas de diversidade na igreja, o NT é um livro plural onde ouvimos variedade de vozes. A primeira cristandade ensaiou diversos modelos. A igreja de Cristo mostrou capacidade de se habituar em diversos ambientes e novas exigências. A igreja se alojou de dois ambientes culturais distintos, o hebraico e o helenista. Os primeiros cristãos eram judeus, os doze apóstolos, Paulo era um judeu helenista, Tito era de origem pagã.

A notícia de Jesus e sua mensagem tinham que ser traduzida a vários idiomas, ai surge as dificuldades e as tensões. Um momento decisivo da vida da Igreja foi o Concílio dos Apóstolos (At 15). O debate estava em torno da controvérsia entre os cristãos-judeus e os cristãos-gentios sobre a circuncisão de não judeus. Ressalta-se o versículo 28 que resume a decisão expressando que "pareceu bem ao Espírito Santo e a nós não vos impor maior encargo além das cousas essenciais..." [2]. Assim, evitou-se o cisma e a formação de duas Igrejas.


Outros fatores são a biografia individual, a classe social e o gênero, a etnia etc.No entanto o Novo Testamento não é um amontoado de retalhos, não contém textos aleatórios, não apregoa um ideal de pluralidade caótica. São expressões autênticas do evangelho, por isso foi canonizado. O novo Testamento tem um texto, um eixo gravitacional, um ponto referencial, que é o próprio Jesus Cristo que mantém unidade e veracidade. Isto não significa homogeneidade, pois diversidade é a marca da criação. A figura do corpo apresentada por Paulo é um exemplo disso. É um só corpo com diversos membros diferentes.



A igreja de Corinto estava dividida em partidos – schismas em grego (cujo sentido primordial é rasgão, como de um tecido). Apelando à origem da palavra, a igreja de Corinto, como algumas contemporâneas se encontravam retalhadas por divisões, contendas e partidarismos. Em Ef. 4.3-4, Paulo admoesta aos irmãos daqueles tempos, e o mesmo Espírito fala hoje às igrejas a fim de que sejamos um no Senhor. Na verdade, é esse mesmo Espírito que trabalha em nós a espiritualidade, para que sejamos um no Senhor (Jo. 17. 21-23).



O compromisso com a paz seria mal-entendido com o pleito em favor de ilimitada tolerância. Paz não tolera o ódio, e assim união entre os membros é um ideal do evangelho. Verdades irrenunciáveis, fenômeno como heresias, conhecidas e combatidas no novo Testamento, assim Paulo defende a fé entre os hereges na Galácia, do mesmo modo a igreja precisa de compromisso com a verdade. Assim também precisamos de compromisso com o amor. Jesus tinha compromisso com amor, dispensou atenção aos diferentes, pobres, pecadores, discriminados, pagãos etc. Foi em busca dessa gente mostrando amor. Não devemos conjugar paixão pela verdade com paixão pelo amor. Verdade sem amor é cruel e humana e até incita ódio. Em Jesus vemos ambas as coisas, amor e verdade.



O concílio dos apóstolos teve por assunto os judaico-cristãos, gentílico-cristãos. Surgiu, porém, ali uma disputa, quando alguns, vindo da Judéia, ensinavam que a circuncisão, e com esta também a observação de toda a lei mosaica, era necessária para a salvação. Paulo e Barnabé eram contrários a essa doutrina e foram, com alguns outros, enviados pela comunidade de Antioquia a Jerusalém, para propor esta questão, de tamanha importância, O encontro impediu o surgimento de duas igrejas, uma judaica e outra gentílica, evitando assim um cisma mortal para a cristandade.



Outro exemplo é o projeto da coleta que Paulo propôs. Mostra o débito dos gentílicos-cristãos com os judaicos-cristãos de onde veio a salvação. A igreja de Cristo é uma só, seus membros vivem pela graça, e pela fé que é o mais poderoso fenômeno da união.





Geziel Silva Costa

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