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quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

A Ascensão de Cristo e a Promessa de sua Vinda (Lição 2 - 1º Trimestre 2011)

Estamos estudando neste trimestre, lições que tratam da Eclesiologia (doutrina da Igreja). Essa Doutrina só pode ser fundamentada e aceita, se crermos na ressurreição de Cristo e na promessa de sua vinda. São Doutrinas que alicerçam o Cristianismo e o mantém vivo. Esses temas estão presentes em todo o contexto neotestamentário, além de serem citados como profecia nos escritos do A.T.

O A.T sempre destacou A Vinda do Messias, como era chamada na visão judaica. Essa vinda seria para restaurar novamente o Reino de Israel como nação, mas o sentido Bíblico era uma restauração espiritual e não física, para uma nação decaida diante de seu Deus.

Jesus tem o seu ministério dividido em três vinda na terra:

Vinda Sorteriológica. A primeira vinda para pregar o Evangelho, ser Crucificado e se tornar o Salvador do mundo (João 3:16).

Vinda Escatológica. Jesus voltará em duas fases, na 1ª para buscar sua Igreja, na 2ª para salvar Israel e implantar o reino milenar (Atos 1:11).

Vinda Geofísica. Jesus vira para julgar as nações, punir a besta, o anticristo, o falso profeta e seus seguidores. (Zacarias 14:1: 20 / Apocalipse 20:1: 15).

A ASCENSÃO DE CRISTO

A importância da Ascensão é freqüentemente ignorada. Temos celebrações especiais e feriados para comemorar o nascimento (natal), a morte (Sexta-feira da Paixão) e a ressurreição de Cristo (Domingo de Páscoa). A maioria, entretanto, faz pouca ou nenhuma menção da Ascensão. No entanto, a Ascensão é um evento importantíssimo no processo da redenção. Marca o momento mais elevado da exaltação de Cristo, antes do seu retorno ao céu. Foi na Ascensão que Cristo entrou na sua glória.

Temos dois exemplos de ascensão na Bíblia, mas especificamente no V.T, os casos de Elias e Enoque. Está escrito na Bíblia que eles foram tomados, transladados, acenderam ao céu, sem provar a morte, diferente de Jesus que morreu, ressuscitou e depois foi assunto ao céu. A Bíblia destaca que de JESUS foi envolvido por uma nuvem, Elias foi em um redemoinho com carros de fogo.

Para sabermos de Enoque, não temos menção Bíblica, mas podemos usar a dedução exegética. Alguns teólogos dizem que a nuvem que cobriu Jesus era a Shekinah de Deus. Elias podemos até concordar e até aplicar também a tomada de Enoque para Deus, mas no caso de Cristo não é concebível, visto que a Shekinah, que representa a Glória de Deus, não estava na nuvem, mas era o próprio Cristo Glorificado sendo recebido ao céu, a Glória era e estava Nele.

Ascender significa “subir” ou “elevar”. Entretanto, quando o termo, ascensão, é usado com relação a Jesus, tem um significado mais rico e específico. A ascensão de Jesus foi um evento único. Vai além de Enoque sendo levado diretamente para o céu ou a partida do profeta Elias numa carruagem de fogo. Os dois são tipos da igreja, e sua ascensão aponta para o arrebatamento dos santos na nova aliança. A Ascensão de Cristo aponta para sua glorificação como Rei dos Reis e Senhor dos Senhores.

Ele foi para um lugar especial, com um objetivo definido, assentar a Destra do Pai, para ser o nosso Sumo sacerdote diante de Deus. Como Rei Ele governa soberanamente, como Sumo sacerdote Ele intercede por nós, advogando nossas causas, diante desta autoridade. Ele cumpre sua promessa, derramando do seu Espírito Santo, para que sua noiva não ficasse órfã e sem consolo, tornando-a revestida de poder e autoridade espiritual, com isso Ele tornou-se Cabeça do corpo da igreja, sendo inseparáveis um do outro, dentro de uma aliança eterna, marcando o termino de sua missão vicária e sua presença física na terra.

DATA DA ASCENSÃO

A cronologia bíblica diz que no nascimento de Cristo, reinava Herodes, o Grande, que reinou de 40 a.C a 4 d.C, morrendo Herodes, o Grande, assume em seu lugar Herodes, o Tetrarca ou Antipas governador da Galiléia que reinou do ano 4 a.C até o ano 37 d.C. Esse termo é um título, indicando como a Palestina estava dividida em quatro parte, Judéia, Galiléia, Samaria e Induméia. Herodes era tetrarca da Galiléia, por isso Pilatos, prefeito da Judéia, não achando razão para condenar Jesus, o enviou para Herodes governador da Galiléia, terra natal do condenado (Cristo). Este também não achando motivo para condená-lo, envia-o de volta a Pilatos, com isso podemos datar a ascensão cerca do ano 34 d.C. De maneira geral, apesar das divergências cronológicas, essa data é a mais aceitável.

LUGAR DA ASCENSÃO

Os dois textos que narram o acontecimento da subida de Cristo são escritos por Lucas, apesar de outros escritores destacarem também:

1º - Ele levou-os fora, até Betânia; e, levantando as mãos, os abençoou. E aconteceu que, abençoando-os ele, se apartou deles e foi elevado ao céu. E, adorando-o eles, tornaram com grande júbilo para Jerusalém. (Lc 24.50-52).

2º - Então, voltaram para Jerusalém, do monte chamado das Oliveiras, o qual está perto de Jerusalém, à distância do caminho de um sábado. (At1. 12).

Cada relato possui detalhes que não constam no outro, sendo a versão de Atos mais completa, quando o evangelho destaca que, "os levou para Betânia", uma aldeia ao lado do monte das Oliveiras, entre três e quatro quilômetros de Jerusalém. Observem que o Evangelho não diz que Jesus ascendeu de Betânia, mas que foram levados "até lá", a melhor tradução é “para as vizinhanças de Betânia”, ambos os texto dizem que ela se deu fora de Jerusalém, ao leste do monte, em algum lugar do Monte das Oliveiras, lugar estimado pelo Mestre e seus discípulos. "Tudo no Evangelho de Lucas move-se em direção à ascensão, e tudo em Atos move-se a partir da ascensão".

TESTEMUNHAS OCULARES

O relato Bíblico não define quantas pessoas estavam presentes no momento da ascensão. Lucas em (At 1. 15) fala de 120 pessoas na hora da descida do Espírito. Em (1 Co 15. 6 )Paulo diz que cerca de 500 irmãos virão o cristo ressurreto. Diante do fato da igreja daqueles dias terem conhecimento de que Jesus voltaria para o pai, acredito que nenhum dos que o viram estavam ausentes na hora de sua partida. Todas as vezes que o Mestre falava de sua partida, causava desespero entre seus seguidores, o medo de perderem a presença física de Jesus, fazia com que eles se prendessem ao Mestre Amado. Assim eles o acompanhavam e o seguia em todos os lugares, até sua ascensão. Assim essas testemunhas e o relato Bíblico fundamentam nossa convicção na ressurreição e ascensão de cristo.

Testemunhos oculares da Ressurreição e Ascensão:

Madrugada do 1º dia, Domingo As mulheres visitam o sepulcro em Jerusalém. (MT 28.1-10; Mc 16.1-8; Lc 24.1-11).

Sua aparição a Pedro em Jerusalém. (Lc 24:34 1Co 15:5).

Pedro e João Vêem o sepulcro vazio em Jerusalém. (Lc 24.12; Jo 20.1-10).

JESUS aparece a Maria Madalena em Jerusalém. (Mc 16,9-11; Jo 20.11-18).

JESUS aparece a outras mulheres em Jerusalém. (Mt 28.9-19).

O relato dos guardas sobre a ressurreição em Jerusalém. (Mt 28.11-15).

Domingo JESUS aparece a dois discípulos no caminho a Emaús. (Mc 16.12-13; Lc 24.13.35).

JESUS aparece aos 10 discípulos, sem Tomé estar presente em Jerusalém. (Lc 24.36-43; Jo 20.19-25; 1CO 15:5).

Uma Semana depois, JESUS aparece aos discípulos, com Tomé em Jerusalém. (Mc 16:14-18; Jo 20.26-31).

Durante os 40 dias até a ascensão, JESUS aparece a sete discípulos no Mar Galiléia. (Mt 28:16-20; Jo 21.1-15).

A grande comissão ( MT 28.16-20; Mc 16.14-18; Lc 24.44-49).

Sua aparição aos quinhentos Galiléia (1 Co 15:6).

Sua aparição a Tiago (1 Co 15:7).

A Ascensão no Monte das Oliveiras ( Mc 16.19-20; Lc 24.50-53; At. 1:4-9).

A ascensão de Cristo ao Céu fortaleceu a doutrina sobre as duas promessas, uma Paracletológica, e outra Escatológica.

Promessa Paracletológica. Jesus prometeu não deixar sua Igreja órfã e sem consolo, (Jo 14. 16,18). A palavra Paracletos significa: Ser colocado ao lado, consolar, advogar, em (Jo 20. 22) Jesus soprou (pneuma) do seu Espírito sobre os discípulos, e eles receberam o Espírito Santo como Selo da Redenção (Ef 4.30). No pentecostes eles recebem uma dose a mais de Poder e Virtude, cumprindo assim a profecia de (Jl 2.28-29). O derramar do Espírito e seus Dons sobrenaturais. Revestimento é o mesmo que estar vestido com uma camisa, quando vestimos um terno por cima da camisa, estamos revestidos. A Igreja já estava vestida do Espírito, então ela é revestida de um Poder maior de autoridade e capacitação.

Promessa Escatológica. Sempre que Jesus falava de sua partida, Ele consolava sua Igreja com a promessa de sua Vinda. Temos mais de 1845 citações a respeito do assunto em toda Bíblia. Só no N.T temos 318 referências diretas. Depois da Salvação, é o tema mais relevante da Bíblia. A grande vitamina que levou e continua levando a Igreja lutar contra o Pecado e fazer a vontade de Deus, obedecendo a sua Palavra, não é as promessas de bênçãos e vitórias terrestres ou materiais. Mas o que faz a Igreja batalhar contra o mal é a promessa de que um dia deixaremos essa terra, onde reina a maldade, a injustiça, a mentira e as desigualdades sociais, para estarmos eternamente no Céu de Glória.

Existem dois termos no grego que descreve e explica sobre esta promessa:

1º- Parousia. O termo é usado para descrever o resplendor da vinda de Cristo. Na etimologia significa a visita que um Rei faria a um determinado lugar ou cidade. A ida desse governante obrigava os cidadãos do lugar a se prepararem devidamente para recebê-lo, e nada poderia sair errado, porque Ele viria com honra a uma visita oficial e solene (1 Ts 4. 16).

2º-Harpagesometha. O termo descreve a ação de um ladrão (Mt 24. 43), e também o ataque de uma águia sobre sua preza (Mt 24. 27). Esse termo mostra como se dará o arrebatamento da Igreja, ele é originário do termo harpazon que significa Rapto, assim acontecerá como Jesus falou em (Mt 24. 36).

Olhando para essas duas promessas, a paraclétológica já se cumpriu no dia de pentecostes na vida dos quase 120 que estavam reunidos no Cenáculo, e continua se cumprindo na vida dos que buscam o Batismo com o Espírito Santo até hoje, tendo o falar em línguas estranhas (glossolalia) como evidência.

A promessa da segunda Vinda de Cristo, em suas duas fases ainda acontecerá.

Na 1ª virá para buscar sua noiva.

Na 2ª virá conosco para restaurar e salvar Israel. Temos lutado para sermos sal desta terra e luz deste mundo. Assim aguardamos com paciência e esperança nosso Senhor. O dia e hora ninguém sabe, o necessário é estarmos vigiando e orando, para que não entremos em tentação, mas escapemos do mal. Quando o Senhor voltar nos achará cumprindo suas determinações. Os seus olhos procuram os fiéis da terra e os verdadeiros Adoradores, que o adoram em espírito e em verdade. Quando isso acontecer então cessará todo pranto e toda lágrima será enxugada de nossos rostos, e então viveremos de Glória em Glória.

Abraço a todos e muita paz.

Abney San Martin é professor de teologia e administra o blog:

http://nazarenosan.blogspot.com

Um comentário:

Unknown disse...

Natacha!

É uma honra ter você aqui no blog. Quando quiser, poderá postar, será uma alegria.

Abraços
na paz
GSC